quinta-feira, dezembro 28, 2006

Garantias que desaparecem

O Natal já passou e muitos de nós receberam telemóveis, iPods, computadores, consolas ou qualquer outro aparelho electrónico sujeito a fatídicas avarias. Felizmente existem as garantias. Certo?

Nos últimos tempos, um conjunto de lojas (e.g. Fnac) têm passado a considerar o recibo de compra do aparelho como garantia do mesmo. Não existem dúvidas que isto facilita a vida de todos; dos consumidores por não terem que ir de propósito à loja para assinar a garantia depois dos 15 dias úteis de experiência terem acabado, da loja para não desperdiçar recursos para tratar da burocracia das garantias.

Contudo existem um pequeno pormenor em todo este processo que pode complicar em muito a vida dos compradores, beneficiando no processo as lojas. Durante as compras de Natal, uma funcionária da Fnac recomendou-me que tirasse fotocópia do recibo/garantia porque parece que a tinta tem a "irritante" mania de desaparecer com o tempo. Ou seja, podemos ter 2 anos de garantia, mas estamos condicionados pelo facto da tinta poder desaparecer do pedaço da garantia antes dos 2 anos estarem concluídos. Contrariamente ao que alguns podem pensar, uma folha de papel em branco não serve de garantia...

Por isso, aqui fica o aviso, cuidado com as garantias porque parece que as lojas andam a tentar poupar dinheiro usando "tinta invisível" nas facturas. Poupam na tinta, poupam nas reparações. É só facturar...

domingo, dezembro 24, 2006

O Natal está a bater à porta


Sagrada família
Originally uploaded by whispsil.
O Natal já anda por aí, deve estar quase a chegar, quase a bater à porta!
Enquanto não chega, queria desejar a todos vós, um Feliz Natal e que a paz esteja presente em todos os lares nestes dias especiais.

Aproveito e deixo aqui um link para as fotos do presépio e da árvore de Natal de este ano. O principal destaque vai para o presépio visto que é o que canaliza todo o meu esforço creativo e dedicação nesta época do ano, ao ponto de me sentir orgulhoso pelo resultado.

Mais uma vez, Feliz Natal, e não deixem nenhum filhó ou rabanada a salvo!

sábado, dezembro 23, 2006

Pense alto na net... com Twitter

A web 2.0 é acima de tudo as pessoas. As suas vidas, as suas preferências, as suas amizades, os seus critérios. Esta nova geração da web tem aproveitado a crescente ubiquidade da internet na vida das pessoas, do surgir do verdadeiro modo de vida digital.

Serviços como o del.icio.us, digg, flickr, MySpace, Youtube são todos resultados de fornadas da web 2.0, cada um destancando-se na sua área e todos têm em comum uma enorme dependência nos utilizadores e em toda a informação que estes fornecem, com maiores ou menhores perigoso para a sua privacidade.


Para responder ao nosso crescente impulso de partilhar com o mundo (online) as nossas vidas, foi criado o Twitter. Weblogs são bons para capturar pensamentos, eventos que se destaquem, para informar, mas o que o Twitter pretende é que, se comente sobre o que se está a fazer naquele preciso momento, não importa o que, não importa como. Basicamente, uma forma de relatar pensamentos soltos, actividades mundanas e triviais, de relatar o que nos apetecer.

De facto, à primeira vista, parece ser algo muito interessante para as pessoas que gostam de, digamos, observar a vida das outras.
Mas antes de acharem um completo disparate, sugiro que leiam uma descrição do Twitter de um amigo, que tem usado o serviço. Poderá eventualmente revelar-se menos oco e fútil do que parece à primeira vista.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Novo disco externo

Farto de fazer tanta ginástica mental e computacional, e de sacrificar ficheiros que mantinha caprichosamente, para gerir os poucos gigabytes de disco rígido livre, decidi comprar um novo disco.

Para favorecer a mobilidade, e poder usá-lo para trazer colecções a indexar da faculdade para casa, decidi-me por um disco externo de 320gb. A sua capacidade é maior do que a do meu computador pessoal(80gb) e do meu PowerBook(80gb) reunidos como tal, nos próximos tempos, não devo ter problemas de falta de espaço.

Como modelo, decidi-me por um Lacie que, para além de estar ao mesmo preço do que a maioria, tem um formato compacto e apelativo com o seu aspecto de alumínio esfregado. Interessante também é o facto do design deste disco ter sido feito pelo equipa de design da Porsche. Pensado bem, este deverá ser o objecto mais Porsche que irei ter em toda a minha vida...

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Observadores em Java

É recorrente, para os programadores, terem que conceber programas em que algumas partes estão dependentes do estado ou dos dados que algum componente detem. Por exemplo, ter um programa de chat no qual, cada mensagem recebida pela rede tem que se apresentada na interface ao mesmo tempo que é guardada num histórico da aplicação.

Uma forma elegante de resolver este problema é de recorrer a uma "software pattern" denominado Observer. Neste pattern, muitas vezes também chamado publish/subscribe, os objectos observadores registam-se junto dos que pretendem observar à espera de um evento.

Em Java, a API suporta explicitamente este pattern disponibilizando as classes Observer e Observable e vou aqui dar um exemplo muito ingénuo de como utilizá-las.
Aproveitando a ideia do client de chat, vou aqui apresentar o código esqueleto para a aplicação deste pattern.
Para começar, temos que ter o objecto que vai ser alvo de observação, em Java este objecto tem que estender a classe java.util.Observable:

import java.util.Observable;

public class
MsgObservable extends Observable implements Runnable
{
private String msg;

public void
run()
{
while(true)
{
msg = waitForMsg();

// marca o objecto como alterado
setChanged();

// avisa os observadores da mudança
notifyObservers( msg );
}
}

private String
waitForMsg() throws Exception
{
// recebe as mensagens
}
}
Neste excerto de código, os pontos importantes são as funções setChanged() e notifyObservers(...) que avisam os observadores de um evento.

Visto que se faz sentido ter algo para observar se estiver alguém a observar, temos que criar um observador, por exemplo, a classe para fazer o logging:

import java.util.Observable;
import java.util.Observer;

public class
LogWriter implements Observer
{
public void
update(Observable obj, Object arg)
{
logMessage(arg);
}

private void
LogMessage(Object arg) {
// TODO
}
}
A parte importante de este excerto de código é a função update( Observable obj, Object arg ) que é a função que é executada quando o observador é notificado de um evento.

Agora só falta colar isto tudo de forma a que os observadores possam ser notificados dos eventos do objecto observado. Mais uma vez simplificando, em muito, o código para o essencial:

import java.util.Observer;

ChatClient implements Observer
{

ChatClient
{
// criar um MsgObservable
// para receber as mensagens da rede
MsgObservable msgObj = new MsgObservable();

// criar os observadores
LogWriter log = new LogWriter();
ChatUI ui = new ChatUI();

// associar os observadores ao objecto observado
msgObj.addObserver(log);
msgObj.addObserver(ui);

// iniciar o MsgObservable
msgObj.run();
}
}
Aqui temos uma forma bastante elegante de separar bastantes componentes de código e de limitar a sua zona de interacção no código facilitando a sua reutilização.

É também importante referir que o Observable está muito dependente do desempenho das funções update( Observable obj, Object arg ), visto que só retorna o seu fluxo normal de execução depois de todos os observadores tenham sido notificados.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Eragon & Eldest

Estreia hoje nos cinemas a adaptação do livro best-seller de Christopher Paulini, Eragon.
Como praticamente todos os filmes provenientes das suaves folhas de um livro, acho que é d esperar um filme medíocre. Principalmente para quem leu os livros.

Este livro, o primeiro da Trilogia da Herança, relata a história de um cavaleiro, Eragon, e do seu dragão, Saphira, mais precisamente a consciencialização e crescimento desses.
Mas como em todos os livros no qual grande parte da história consiste numa enorme caminhada num continente longinquo e desconhecido, todo o poder descritivo da narração da caminhada é trocado, no grande ecrã, por um turbilhão de acção, lutas, magias e efeitos especiais. Foi o que aconteceu com o primeiro filme do Senhor dos Anéis.


Já que falo no Eragon, não poderia deixar de falar igualmente no segundo livro da trilogia, Eldest, que li no princípio deste mês. Só foram necessários 6 dias para ler as mais de 750 páginas do livro. Movidas por vontade própria ou afectadas por alguma influência mágica, as páginas foram-se virando velozmente.

Neste livro, apesar da influência suavemente evidente do "Senhor dos Anéis", não pude deixar de constatar uma semelhança com o Star Wars: O Império Contra-Ataca. A narração centra-se no treino de Eragon e de Saphira, culmina numa batalha épica e numa revelação (quase) surpreendente.
Este livro é notoriamente mais rico, para além de existirem vários fios narrativos, em torno dos diversos intervenientes principais, nota-se um crescimento do autor comparativamente à escrita do primeiro livro.

Lidos os 2 primeiros livros da trilogia, existe agora uma certa ânsia em ler o terceiro e último livro. Ora ai está o problema. O terceiro livro ainda está a ser escrito e, se considerarmos as fases de revisão, pós-produção, bla bla bla, com alguma sorte, a última parte da trilogia sai ainda antes do final de 2007. Com sorte...
Contudo já sei que a capa será verde =)

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Aprender novas línguas com podcasts

A internet é, hoje em dia, um método ubíquo de aprendizagem. Contudo nem todo o tipo de conhecimento pode ser adquirido de uma forma puramente textual e, aprender uma nova língua, é um desses casos.

Cada vez mais, a internet evolui no sentido de um enriquecimento com conteúdos multimédia e com isso é possível métodos mais completos de aprendizagem.
Julgo que ninguém acha possível aprender uma nova língua lendo simplesmente. Aprender uma língua é também ser capaz de a falar. Como tal, conteúdos online como os podcast permitem reforçar a aprendizagem com conteúdo em audio ou em vídeo.

Se estiver interessado em aprender alemão, grego, japonês, ... dê uma oportunidade ao iTunes, ou qualquer outro programa de podcast, para aprender uma das muitas línguas presentes neste directório de podcasts de línguas.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Como era o "Alt+Tab" em 1588

Obviamente que em 1588 ainda não existiam computadores e que, como tal, o atalho para trocar de janelas não tinha motivo para existir.
Mas em 1588, o engenheiro italiano Agostino Ramelli inventou uma mesa de leitura rotativa que, tal como podem constatar na imagem seguinte, consiste no modelo físico do conceito do "Alt+Tab" inventado "uns" séculos depois.


Possivelmente inspirado no trabalho deste italiano, a Microsoft desenvolveu, para o Windows Vista, um sistema (pouco útil e devorador de recursos) denominado Flip 3D. Esta aplicação permite alinhar e percorrer as janelas de uma forma rotativa com efeitos 3D interessantes.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Melhorar o Eclipse no Ubuntu

Para muitos programadores de Java, o Eclipse é uma ferramenta essencial para se conseguir produzir melhor código, mais rapidamente.

No Ubuntu, o Eclipse vem configurado para usar o GCJ, um compilador open-source de Java, devido a uma política de uso exclusivo de software livre. Contudo, no meu pobre computador com uns míseros 256mb de RAM, só o Eclipse ocupava mais de 100mb de RAM, por vezes ultrapassando os 110mb. Mas o consumo de RAM não seria dramático se não tornasse o Eclipse irritantemente lento, afectando igualmente o resto do sistema.

Depois de instalar a JDK da Sun, julguei que o Eclipse passaria a usar a JVM(Java Virtual Machine) da Sun para correr, visto que este passou a ser a JVM por omissão no sistema. Na realidade, o Eclipse continuou a usar o GCJ.
Assim, para mudar de JVM no qual o Eclipse corre é necessário alterar o ficheiro /etc/eclipse/java_home e acrescentar o destino da JVM da Sun, tipicamente, /usr/lib/jvm/java-1.5.0-sun, no princípio do ficheiro.

Depois de esta alteração, o consumo do Eclipse passou a situar-se abaixo dos 100mb de RAM, mas mais importante, passou a ser, de facto, possível usá-lo sem recorrer permanentemente a uma das virtudes com maior carência entre os seres humanos: a paciência.

domingo, dezembro 03, 2006

Alarme de incêndios anti-partidas

Toda a gente conhece a mítico truque, hollywoodesco, de activar o alarme de incêndio para interromper as aulas, criar uma diversão ou fugir de assassinos sanguinários.

O que não sabem é que em 1938 foi criado um alarme de incêndios que dissuadia os falsos alarmes. Neste dispositivo, para se conseguir activar o alarme, a pessoa tem que passar a mão por um compartimento especial no qual, após activar o alarme, esta passa a ficar algemada.


Sem dúvida que este sistema previne que os "terroristas" com acne consigam activar o alarme e fugir, safando-se da merecida "recompensa" pela partida. Contudo, não me parece muito entusiasmante uma pessoa activar o alarme e ficar alegemada enquanto tudo à volta... arde. O altruísmo, o sacrificar-se por outrém não me parece estar muito na moda.

Eis o intelecto humano no seu melhor.

terça-feira, novembro 28, 2006

Grupo de investigação XLDB no jornal

Hoje durante a reunião semanal com o meu professor orientador, Prof. Mário Silva, fomos interrompidos por um telefonema o qual, depois de pousar o auscultador, desabafou que estava farto de falar com jornalistas.
Não liguei muito. Pensei que fossem sequelas do "Internet Challenge" que ocorreu no passado sábado em Oeiras.

Mal sabia eu que, na realidade, ele tinha aparecido, mais os meus colegas de grupo de investigação Daniel Gomes e Sérgio Gomes, na capa do jornal "Público".

O motivo da capa foi o trabalho, para a tese de doutoramento, do Daniel sobre arquivos web, trabalho esse que lhe valeu um prémio internacional. O protótipo deste trabalho está disponível em http://tomba.tumba.pt/, um arquivo web para a web portuguesa.

É motivante sentir-se parte do XLDB, um grupo de investigação que produz inovação útil, com qualidade, e que é reconhecido por tal.

sábado, novembro 25, 2006

Num dia de tempestade

Num dia de tempestade, espalham-se pelas ruas os cadáveres dos que foram, por impiedosas rajadas, fustigados. Jazem pelas ruas, sós, abandonados.
No lixo, nas valetas, nas sarjetas ou num simples recanto.

De corpo partido. De membros retorcidos. Desfilam pela calçada em poses mórbidas, os corpos de quem caiu frente a algo superior. Usa-mo-los para esconder a nossa face do rosto cinzento e sisudo da fúria encarnada.

A eles devemos o nosso conforto, a pele enxuta do nosso rosto.

Fica a homenagem aos guerreiros, da água e do vento reunidos, que hoje pereceram. Jazem pelas ruas partidos e retorcidos, em mais um dia de tempestade...

quinta-feira, novembro 23, 2006

Percorrer directorias em Python

No mundo da programação, é frequente ter-se que percorrer recursivamente directorias, para pesquisar, recuperar determinados tipos de ficheiros, indexar ou qualquer outro tipo de tarefas.
Dependendo da linguagem de programação, esta tarefa pode ser realizada com mais ou menos facilidade.

Em python, existe uma função óptima para essa tarefa: walk( top[, topdown=True [, onerror=None]]).
Quando a função é chamada, esta devolve 3 estruturas: uma string que contem a directoria corrente, uma lista que contém as subdirectorias da directoria corrente e uma lista com os ficheiros da directoria corrente.

Um exemplo de código para fazer uma listagem dos ficheiros presentes numa directoria raiz e em todas as suas subdirectorias poderia ser algo assim:

import os

for root, dirs, files in os.walk('/home/dcruz/teste_dir'):
for file in files:
print os.path.join(root, file)



Dificilmente poderia ser mais fácil!
E mais uma vez, convém não esquecer que python funciona em imensos sistemas operativos(Linux, Mac OS, Windows, ...), só é preciso fornecer o enderço correcto da directoria consoante o sistema operativo que se esteja a usar.

sábado, novembro 18, 2006

Notificação por ondulação em Beryl

Está agora a surgir, com força, nos sistemas operativos os efeitos 3D, todos fofos e catitas, acelerados por hardware (se bem que o Mac OS X já o faz a alguns anitos).

Contudo, na ânsia de se impressionar as pessoas, tem-se verificado um grande esforço na produção de efeitos 3D fantásticos e bonitos, mas que não servem para nada... e este mal é geral. Apple, Microsoft, comunidade open-source, todos acabam por pecar, uns mais do que outros, nesta área.

Julgo que a importância destes efeitos 3D situa-se no enriquecer a experiência do utilizador e não no encher os nossos desktops com 3D só porque o sistema o permite. Mais uma vez, é a recorrente questão da usabilidade.
É o caso do seguinte filme do youtube, onde o efeito do Beryl permite uma notificação agradável de um evento no sistema sem ser excessivamente intrusivo para o utilizador.


quinta-feira, novembro 16, 2006

Monitorizar o desempenho do seu site

Ainda no outro dia falei sobre o Dia Mundial da Usabilidade, é importante notar que uma das formas de usabilidade na internet é garantir que as páginas são carregadas sem grande demora. O tempo de carregamento de uma página pode ser o primeiro passo para um utilizador gostar ou não de uma página. A página pode estar extremamente bem desenhada, mas se demorar 30 segundos a carregar, duvido que muita gente quererá continuar a vê-la com regularidade.

Daí que é importante que quem desenha as páginas tenha noção do tempo que demora a sua página a carregar, quais são os elementos responsáveis pelo seu atraso no carregamento e quais elementos podem ser melhorados.

Recentemente descobri o OctaGate - SiteTimer, uma ferramenta que permite fazer essa monitorização das páginas, analisar o tempo de conexão e de transferência de elementos de páginas, sejam eles ficheiros em HTML, Javascript ou imagens.

Os sons do Windows Vista

O Windows Vista está quase à porta e para esta nova versão do seu sistema operativo, a Microsoft decidiu refazer os conjunto de sons e alertas enviados pelo sistema. Tarefa que demorou cerca de 18 meses a ser realizada para um conjunto de 45 sons de sistema diferentes.

Aqui está uma comparação dos sons do Windows XP e do Windows Vista:


Nota-se um nítido aumento na qualidade do som no Vista, para além de os sons serem mais curto e não tão altos, o que os torna menos irritante.
Contudo acho que alguns sons de avisos importantes não se destacam o suficiente dos restantes para fazer de uma forma nítida a sua função... alertar.
Pelo menos aproveitaram os sucessivos atrasos para melhorar uma parte importante da experiência dos utilizadores.

E o que é que acha? Estarão de facto os sons do Vista melhores ou continua a preferir os do Windows XP? Ou pelo contrário, detasta-os a todos e a primeira coisa que faz é desligá-lo?

quarta-feira, novembro 15, 2006

Zune sem suporte para Windows Vista

Parece que o tão anunciado iPod-killer da Microsoft, o Zune, não é suportado no Windows Vista.
Ao saber-se que o Zune não é suportado na próxima geração do sistema operativo da Microsoft, fica-se com a ideia que este leitor de .mp3 com WiFi foi um produto feito à pressa na tentativa de competir com os iPod por época de Natal.

Mas se está por ai a pensar, "fantástico! o Zune tem suporte para WiFi e vou poder fazer X, Y e Z com ele", então fique sabendo que o WiFi só funciona entre Zunes. Não é possível fazer a sincronização de músicas por WiFi nem trocar músicas entre dispositivos que não sejam Zunes. Basicamente, tem WiFi e não tem...

A experiência Zune tem todo o aspecto de ser como a imagem do instalador: dolorosa!



Update 16/11/2006: Para os que pensam que a minha opinião se resume a um ódio infundado aos produtos da Microsoft, aconselho-lhes a ler a análise da Ars Technica sobre o Zune.

terça-feira, novembro 14, 2006

Dia Mundial da Usabilidade

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Usabilidade, numa iniciativa que pretende alertar as pessoas da importância de este assunto no nosso dia à dia.
Usabilidade não é algo que só afecta pessoas invisuais ou daltónicas, todos nós, de certeza, nos cruzamos, pelo menos uma vez, com uma página tão mal concebida que o seu uso provoca-nos frustração, perda de tempo ou confusão (por exemplo, a página que apresentei a uns tempos atrás).

Mas usabilidade não se refere somente à informática e à internet. Cadeiras, canecas, automóveis, edifícios. A usabiliade está presente em toda a parte, mas muito ainda precisa de ser feito!



Update: faltava-me um "l" no título. Obrigado thiago pelo reparo.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Guerra no Iraque foi devido ao petróleo?

Para o espanto de todos, parece que afinal a guerra no Iraque foi devido ao petróleo!
Nos últimos dias, o "presidente" Bush tem vindo a afirmar que esta guerra era necessária para evitar que importantes reservas de petróleo ficassem nas mãos de terroristas e que estas fossem usadas como ameaça contra os Estados Unidos da América.
Mas esperem! Não tinham dito, já lá vão 3 anos, que era porque o Iraque estava a desenvolver armas de destruição massiva? Bombas atómicas ou petróleo? Senhor Bush, decida-se!

Foram precisos 3 anos, milhares de mortes e estarem prestes a perder umas eleições (que pelos vistos acabaram por perder), para que mudassem para um discurso menos fantasiado. Começo a ficar preocupado com a multiplicação de casos de Alzheimer em líderes políticos. Será que é contagioso?

Se alguém acreditou na desculpa das armas de destruição massiva só podem ter sido os americanos. Este assunto cheirava a crude. Já a primeira Guerra do Golfo o foi. Agora o senhor Bush veio com a desculpa que foi para prevenir o mau uso do petróleo, mas o mau uso vem da poluição que eles próprios produzem.
O motivo sempre foi, e continuará a ser, o petróleo. Fim.

Visita da Ordem dos Engenheiros

Hoje o Departamento de Informática da FCUL esteve de alvoroço. Motivo? Visita da Ordem dos Engenheiros.

Alguns cuidados foram tomados para tornar mais bonitinho o departamento, procedimento normal em qualquer lugar que seja alvo de visitas oficiais com alguma importância. Secretárias um pouco mais bonitas e organizadas do que é costume. Algumas anedotas e imagens, que poderiam ser consideradas de mau gosto ou chocantes para os convidados, foram temporariamente censuradas. Alguns professores como nunca os tinha visto (de fato e gravata). Essencialmente, as pessoas esmeram-se um bocadinho mais quando existe uma "inspecção".

Fora um toque de ansiedade, sentidas em particular por professores e investigadores com trabalhos a apresentar, o dia foi normal. Trabalhou-se para se mostrar resultados visíveis e relevantes. E eu desperdicei tempo a "resolver" uma avaria técnica que se resolveu sozinha, por milagre. A ciência negra dos computadores...

Achei engraçado o facto de ver que alguns dos "visitantes" da Ordem pouco prestaram atenção a alguns trabalhos que lhes foi apresentado. Não sei se já não tinham sido massacrados por tantas apresentações e discussões sobre assuntos administrativos, ou se já estava tudo saciado do almoço e não estavam para se chatear muito.

Mas destes assuntos percebo eu pouco, só gostava de saber em que aspecto esta visita contribui para o melhoramento da faculdade e, em particular, do departamento.

terça-feira, novembro 07, 2006

Natal é da Coca-Cola!

Hoje aproveitei para ver um pouco de televisão, e constatei que já circulam, nos quatro canais generalistas, as míticas publicidades de natal e publicidades absurdas de brinquedos ainda mais absurdos (ainda estou em choque com uma publicidade de um brinquedo que se chamava "barriguitas", para as crianças imitarem as barrigas das grávidas e com montes de artefactos lá dentro).
Já no final do mês passado reparei que algumas lojas já estavam totalmente preparadas para a época festiva. As fitinhas, os gorros, os barbudos vermelhos...

Que é feito do Natal ser algo do mês de Dezembro? Dos Ho-ho-hos que surgem de repente e que trazem a passos largos a emoção de uma ceia em família, reunidos quais carniceiros à volta do perú ou do bacalhau? Que é feito do Natal ser a celebração do nascimento de Jesus Cristo? De ser a época da dádiva e da alegria?

Reconheço que é mais giro ter um bando de empresas e lojas a congeminarem planos para nos extorquir o máximo de dinheiro das nossas carteiras e das nossas contas bancárias. Se tornar as nossas carteiras mais leves nos faz bem à saúde, pensaram eles e muito bem, vamos ajudá-los a aliviar as costas não só em Dezembro, mas também em Novembro! E para o ano, será Outubro!

Natal já não é época para se estar em família, nem é época para se oferecer presentes, e para infelicidade de muitos, não é época para se receber presentes. Natal é o chamamento ao nosso consumismo desenfreado, para sustentar este mundo capitalista. Este mundo, de poucos.
Natal já não é celebração, não é dádiva, não é família, e já nem é bens materiais. Natal é um reflexo do nosso modo de vida fútil e oco, do controlo das massas pelas corporação, Natal, é da Coca-Cola...

segunda-feira, novembro 06, 2006

Comprimir/Descomprimir ficheiros .gz em Python

GNU Zip (ou simplesmente gzip) é um formato de compressão muito usado no mundo Unix/Linux.
Como ultimamente tenho andado a fazer uns trabalhos em Python, e tive que lidar com ficheiros gzip, reparei que à documentação de python faltava um exemplo do uso, da API disponibilizada por esta linguagem, para a manipulação de esse tipo de ficheiros.

Para descomprimir:
import gzip
fileObj = gzip.GzipFile("/home/dcruz/dump.txt.gz", 'rb');
fileContent = fileObj.read()
fileObj.close()
Neste exemplo, a variável fileContent fica com o conteúdo do ficheiro em memória, por isso, se quiserem guardar a versão descomprimida num ficheiro à parte só terá que fazer:
fileObj = open("/home/dcruz/dump.txt", 'wb')
fileObj.write(fileContent)
fileObj.close()

Para comprimir:
import gzip
fileObj = gzip.GzipFile("/Users/mary/hamlet.txt.gz", 'wb');
fileObj.write(fileContent)
fileObj.close()

A API de Python suporta igualmente a manipulação dos formatos Zlib, Bzip2, Zip, Tar.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Flick slideshows no seu site/blog

A alguns dias atrás encontrei uma página que explica como embeber um slideshow de fotos do Flickr em sites e blogs.

Visto que o Flickr é um dos serviços de alojamento de fotos com mais sucesso que por ai anda, e um dos grandes representantes do chamado web 2.0, julgo que esta página poderá interessar a muita boa gente.

terça-feira, outubro 31, 2006

Google devora +1: JotSpot

A saga de aquisições da Google parece não querer parar. Depois da aquisição faraônica do YouTube pela Google por uns "míseros" 1,65 mil milhões de dollars (mais milhão, menos milhão), ontem foi divulgada a compra da JotSpot pela Google.

A JotSpot é uma empresa, do chamado web 2.0, com bastante sucesso e que se dedica à criação de Wikis, tanto para empresas como para pequenos grupos, com elevada vertente colaborativa.

O objectivo desta aquisição por parte da Google só pode ser o de reforçar o, informalmente chamado, "Google Office" com soluções que o tornem cada vez mais interessante para empresas. Mais, parece-me que o JotSpot poderá vir a interligar-se com facilidade nos actuais produtos da Google.
Como curiosidade, fiquem a saber que JotSpot usa o Yahoo Maps para apresentar locais. É de esperar que esse "defeito" seja corrigido rapidamente pela Google.

Esta notícia poderia ser interpretada como mais uma das muitas aquisições da Google, fim. Mas para mim teve particular interesse devido ao facto de, ainda 2ª feira, ter-me registado no JotSpot porque andava a investigar várias soluções de wikis grátis para pequenos grupos.
Inconscientemente, devo ter sido das últimas subscrições a serem feitas na era pré-Google. Ainda dizem que coincidências não existem...

segunda-feira, outubro 30, 2006

Eragon


Farto de livros de índole informático, hoje convenci-me que precisava de voltar a ler um livro dito "normal".


Visto que um amigo meu não se tem poupado a esforços quando se trata de elogiar o livro Eragon, decidi que seria esse mesmo livro que seria o escolhido. Veremos se vive à altura de tais elogios.
Também me apercebi que esta seria a altura ideal para ler este livro visto que estreia, no mês dezembro, um filme baseado na sua história. Antes que se erga toda uma histeria à volta do livro, e que corrompa a minha visão do livro, terei que o devorar velozmente, página a página.

Apesar de não ter ainda lido o livro, e de este ser um estilo de escrita já bastante explorado, não deixa de ser surpreendente que este livro, escrito por Christopher Paolini quando tinha uns meros 20 anos, tenha sido um fenómeno de sucesso mundial, e esteja prestes a atingir o mainstream mediático.

sexta-feira, outubro 27, 2006

"Cuidado com a língua"

Acabei de ver, mesmo agora, um sublime programa na RTP1. O Cuidado com a língua é um programa dedicado ao "...nosso património linguístico, regras, curiosidades e disparates".

Este programa, apresentado pelo Diogo Infante, é uma verdadeira joia da televisão portuguesa, um dos poucos programas televisivos que podem motivar alguém a ligar a televisão (não! Floribela e Morangos com Açúcar não merecem o estatuto de programa televisivo!).

Em cada programa, a origem de algumas palavra é explicada, são apresentados e corrigidos alguns erros atrozes cometidos à língua portuguesa, entre outras coisas.

Hoje, por exemplo, foi abordada a diferença entre o português de Portugal e o português do Brasil.
Sabia que no Brasil, casa de banho se diz: privado? E que canalisador se diz bombeiro? É no mínimo divertido.

Depois, seguiu-se uma secção dedicada às expressões do "futebolês", às coisas absurdas ditas em nome do desporto "rei".
"Fazer um canto de mangas arregaçadas". Esta expressão é simplesmente cómica.
"Correr atrás do prejuízo". Mas alguém no seu perfeito juízo corre atrás do prejuízo? Do lucro, ok, entende-se. Agora do prejuízo...

Esta é sem dúvida uma forma refrescante e divertida de aprender português. Se ao menos todas as aulas tivesses sido assim...

Google Calendar no Gnome Evolution

Ontem lá consegui actualizar a minha instalação do Ubuntu da versão 6.06 para a versão 6.10. Agora, umas 2-3 horas para actualizar o sistema, digamos que foi um pouco... monótono, até porque não há nenhuma opção nem para interromper nem suspender a instalação.

Mas este post não é sobre a minha, demorada, actualização do Ubuntu.

Com a actualização consumada, decidi explorar as novas aplicações e funcionalidades do Ubuntu 6.10. Enquanto dava uma vista de olhos no Gnome Evolution, lembrei-me que nunca tinha tentado configurar o Evolution para que fosse possível ver os meus calendários no Calendário da Google.

Após algum esgravatar, lá descobri. No Evolution, é preciso ir a Ficheiro > Novo > Calendário. De seguida é preciso que entre no Google Calendar e que vá às definições do calendário que pretende adicionar. De seguida, tem que localizar o botão verde que diz "iCal" na secção referente ao "Endereço Privado".

Google Calendar private links

Depois que tenha clicado no ícone verde, irá aparecer um diálogo com um endereço http (ver imagem seguinte). Tem que copiar o endereço que aparece.

Google Calendar private iCal link

De seguida no Evolution, tem que escolher como tipo de calendário "Na web" e colar na caixinha "URL" o endereço que copiou, substituindo http:// por webcal://, tal como na imagem que se segue.

Gnome Evolution: new WebCal

Já está, agora já deve conseguir ver no Gnome Evolution os seus eventos do seu calendário no Google Calendar.

O único problema, é que estes endereços de calendário disponibilizados pela Google são "read-only", ou seja, não é possível acrescentar novos eventos a partir do Evolution. Terei que investigar uma forma de contornar esta limitação.
Este tutorial pode ser facilmente adaptado para o Outlook, Sunbird ou Apple iCal, só é preciso ultrapassar as particularidades de cada programa visto que a parte referente ao Google Calendar é comum a todos.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Ubuntu 6.10 saiu

Mantendo o seu ciclo de lançamentos de 6 meses, saiu o novo Ubuntu, a versão 6.10 é essencialmente mais evolucionária do que revolucionária.

Esteaversão vem com os principais programas actualizados, Firefox 2.0, OpenOffice 2.0.4, Gaim 2.0b3 (se bem que recentemente saiu a versão 2.0b4), Gnome 2.16, entre outros.

As surpresas (e novidades) surgem na inclusão de programas feitos em Mono, uma framework open-source de C#, o Tomboy e o F-Spot. Outra surpresa foi saber que o novo Ubuntu vem com um novo sistema de Init, Upstart, feito por eles de raíz e que pretende resolver uma série de problemas dos sistemas actuais, principalmente ao nível dos dispositivos amovíveis.

Eu até dava o meu parecer sobre esta nova versão, mas ainda tenho o sistema a actualizar, 193 pacotes em 1166. Lá terei eu que esperar até brincar com as novas funcionalidades... Oh well.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Usar o Apache Lucene: parte 1

O meu estágio na faculdade, no grupo XLDB, tem-me levado a investigar com particular atenção e interesse o mundo da Information Retrieval e tem-me levado a experimentar uma série de bibliotecas.
Uma das bibliotecas mais famosas é o Apache Lucene , que é amplamente reputada pelo seu desempenho tanto em indexação como em pesquisas, e pela sua escalabilidade. Só por curiosidade, o Lucene é a base do sistema de pesquisa da Amazon.
Contudo a qualidade dos seus resultados de pesquisa não é das mais brilhantes visto que não parece haver particular esforço na melhoria dos algoritmos de classificação.

Para programadores que queiram implementar funcionalidades de pesquisa nas suas aplicações, o Lucene é uma boa proposta. Fácil de usar e com documentação abundante.

Para que possam ter um bom ponto de partida, de seguida apresento um pedaço de código em Java que implementa um programa que indexa todos os ficheiros .txt de um dada directoria e sub-directorias. Este código foi feito usando o Lucene 2.0.0.

Mas antes de chegarmos ao código propriamente dito, julgo que é importante explicar o que são de facto esses índices. Os índices são ficheiro onde, a cada termo se mantêm uma lista de ficheiros onde estes termos aparecem. Graças a isto, é possível, sem grande esforço, que dado um termo se obtenha todos os ficheiros onde este aparece.

Agora, já vos autorizo ver o código;)
import java.io.File;
import java.io.FileReader;
import java.io.IOException;
import java.util.Date;

import org.apache.lucene.analysis.standard.StandardAnalyzer;
import org.apache.lucene.document.Document;
import org.apache.lucene.document.Field;
import org.apache.lucene.index.IndexWriter;

public class lucene_indexing {

public static void main(String[] args) throws IOException {
File indexDir = new File("/directoria/onde/ficará/o/index");
File dataDir = new File("/directoria/a/indexar");

long start = new Date().getTime();
int numIndexed = index(indexDir, dataDir);
long end = new Date().getTime();

System.out.println("> "+ numIndexed +" indexados em: "+ (end - start) +"ms");
}

public static int index(File indexDir, File dataDir) throws IOException {
if (!dataDir.exists() || !dataDir.isDirectory()) {
throw new IOException (dataDir + "não existe ou não é directoria");
}

IndexWriter writer = new IndexWriter(indexDir, new StandardAnalyzer(), true);
writer.setUseCompoundFile(false);

indexDirectory(writer, dataDir);

int numIndexed = writer.docCount();
writer.optimize();
writer.close();

return numIndexed;
}

public static void indexDirectory(IndexWriter writer, File dir) throws IOException {
File[] files = dir.listFiles();

for (File file : files) {
if (file.isDirectory()) {
indexDirectory(writer, file);
}
else if (file.getName().endsWith(".txt")) {
indexFile(writer, file);
}
}
}

public static void indexFile(IndexWriter writer, File file) throws IOException {
if (file.isHidden() || !file.exists() || !file.canRead()) {
return;
}

System.out.println("A indexar: \t"+ file.getCanonicalPath());

Document doc = new Document();
doc.add(new Field("content", new FileReader(file)));
doc.add(new Field("filename", file.getPath(), Field.Store.YES, Field.Index.UN_TOKENIZED));
writer.addDocument(doc);
}
}

A função index(File indexDir, File dataDir) inicia o processo de indexação e é-lhe indicada a directoria onde residirá o index e a directoria a indexar.
Nesta parte do código é criado o escritor do índice, componente essencial para este programa.
Se repararmos nesta linha de código: IndexWriter writer = new IndexWriter(indexDir, new StandardAnalyzer(), true);, vemos que é passado ao escritor do índice um analisador. Este analisador é essencial no processo de indexação já que é ele que tem a responsabilidade de processar o texto e de definir quais são os separadores que delimitam os termos, tais como espaços, vírgulas. Em particular, o StandarAnalyzer possui regras complexas que o permite, por exemplo, manter e-mails como um todo invés de os dividir em parcelas.
Outra linha crucial é: writer.optimize();, esta chamada permite unificar vários ficheiros de índice que foram criados durante a indexação, com o intuito de ser possível obter um melhor desempenho. Esta chamada é feita uma única vez, no final do processo de indexação.

A função indexDirectory(IndexWriter writer, File dir) chama a função que indexa, caso encontre um ficheiro .txt, caso encontre uma directoria, chama-se recursivamente.

A função indexFile(IndexWriter writer, File file) é a função que indexa os ficheiros .txt, indexando o seu conteúdo transformando-o em parcelas mas sem o guardar e indexando o nome do ficheiro qualquer tipo de processamento ou interpretação.
Porquê esta diferença na indexação entre o conteúdo e o nome do ficheiro? No caso do conteúdo, nós queremos ser capazes de efectuar pesquisas aos termos que o compõe, como tal é preciso processar as parcelas de texto do ficheiro, tipicamente palavra a palavra, mas não guardamos o conteúdo por motivos de espaço em disco, só guardamos o processamento das parcelas de esse conteúdo. Isto permite diminuir em muito o tamanho dos índices face aos ficheiros que lhes deram origem.
No caso do nome do ficheiro, como vamos querer saber que ficheiros é que contêm determinados termos, vamos guardar os seus nomes para poderem ser apresentados e como não vamos fazer pesquisas sobre os nomes dos ficheiros, não é necessário processar os seus nomes, só guardá-los.

Agora, só é preciso alterar no código a directoria a indexar e a directoria onde vai ficar o índice, e compilar este código sem esquecer de colocar o .jar do Lucene no classpath.
Depois de compilar, é só correr, sem esquecer, novamente, de colocar a referência ao Lucene no classpath.

Num futuro próximo, irei explicar como é que é possível efectuar pesquisas sobre os índices criados.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Tradição e IE7

O Internet Explorer 7, que foi oficialmente lançado a cerca de 24h, parece já ser alvo de falhas de segurança.
Aparentemente, a firma Secunia já descobriu que o tão "seguro" produto da Microsoft, não é tão seguro. Esta falha de segurança, considerada como baixa, pode ser explorada para revelar informações sensíveis.

Parece que o Internet Explorer não se consegue afastar da fama dos seus antepassados.
O slogan deles diz "We heard you. You wanted it easier and more secure", mas até agora só vi um interface mais complicado que não é conforme ao resto das aplicações e mais isto, esta notícia da vulnerabilidade.
Eu até queria acreditar neles, mas não consigo...

quarta-feira, outubro 18, 2006

Frase do dia

"I'll be more enthusiastic about encouraging thinking outside the box when there's evidence of any thinking going on inside it."
- Terry Pratchett

Numa altura em que as greves de professores estão na moda, esta frase é capaz de transcrever a tortura psicológica que estes sofrem ao tentar ensinar algo à geração "Morangos com Açúcar".

terça-feira, outubro 17, 2006

Ubuntu: free as in beer

Já que hoje estou numa de falar de Ubuntu, tenho que aproveitar para falar de um dos motivos mais originais que vi até hoje para mudar para Ubuntu.
Uns mudam por motivos de segurança, outros por ser grátis, outros por ser software livre, agora nunca tinha ouvido que alguém tivesse mudado por causa do álcool.

Um certo dia, uma pessoa, com o nome online de Hemmer, chegou a casa num estado embriagado. E como aos bêbados dá-lhes para fazer até as coisas mais inimagináveis, inseriu no computador o cd de instalação do Ubuntu e instalou-o, formatando no processo todo o disco rígido.
O interessante, é que ele não se arrependeu da "decisão", até a considera como a melhor decisão no estado embriagado que teve até hoje.

Tal como a avozinha costuma dizer, podia-lhe ter dado para pior.

Dicas de Ubuntu em filmes

Hoje foi lançado um serviço destinados aos utilizadores mais inexperientes de Linux, em particular, aos utilizadores de Ubuntu.

O Ubuntuclips é um serviço que permite ver e submeter pequenos filmes que explicam como é que são desempenhadas tarefas, consieradas como simples para utilizadores experientes, mas que são úteis e cruciais para quem tiver começado a usar Linux.
Serviços como este mostram uma crescente preocupação pelo utilizador comum e incide sobre uma área problemática que é a transição dos utilizadores de Windows para Linux.

A interface é que poderia estar melhor trabalhada visto que, à medida que o número de filmes for crescendo, apresentar 3 entradas de filmes por página não será o mais cómodo. Interessante é o facto dos filmes presentes estarem presentes em .ogg, .avi, .mov, para agradar aos utilizadores de Linux, Windows e Mac OS, respectivamente.

sábado, outubro 14, 2006

O belo país burocrático

Esta semana lá consegui ultrapassar o inferno que é a inscrição no Mestrado em Engenharia Informática na FCUL.
Precisei de dois dias, não a tempo inteiro, para efectuar de facto a inscrição devido a um conjunto de factores que irei enumerar.

Quantos mais serviços melhor:
Para efectuar a inscrição tive que passar por 5 serviços. Tive que ir à secretaria do meu departamento, à secretaria central, à tesouraria, ao serviço de pós-graduações e mestrados, e ao local da inscrição propriamente dito.

Burocracia sem papel não é burocracia:
A quantidade de papel é simplesmente absurda.
Para começar, tive que ir buscar a folha de pré-inscrição nas cadeiras que tinha ficado no meu departamento científico.
Recebi, na pasta de inscrição, três blocos de folhas a preencher, uma para a inscrição, outra para a faculdade e outra para a direcção de ensino superior (ou algo do género). Três folhas que perguntam detalhes como rendimentos da família, empregos anteriores, tempo de deslocamento, e que por pouco não perguntam pelo tamanho, peso, cor preferida, com qual pé acordamos...
Mas o pior é que mais de 80% dessas folhas perguntam pelas mesmas informações. Não seria possível as instituições partilharem entre si as informações? Ou são um bando de crianças mimadas que não confiam umas nas outras?
Para estas folhas, ainda temos a folha de comprovativo de conclusão da licenciatura, folha do seguro escolar, comprovativo do pagamento da propina, comprovativo do pagamento da inscrição, e talvez mais algumas de que me esteja a esquecer.

Tesouraria sem multibanco:
Parece um contra-senso, mas é verdade, uma das formas de pagamento mais usada hoje em dia, o dinheiro plástico, não pode ser usado na tesouraria, sítio onde se movimentam grandes quantidades de dinheiro para inscrições e propinas.
A solução? Levar cheques ou andar por Lisboa com uma placa colada na testa a dizer "Assaltem-me!!!".

Faltam X senhas para ser atendido:
O normal nesta coisa dos serviços são as bichas intermináveis. Depois de se tirar o pedaço de papel obrigatório, quase que temos uma paragem de coração só de pensar no tempo que vamos estar à espera.
Resumindo, para pagar a inscrição estive não menos do que 1h à espera. Pouca coisa.

Serviços com horários incompatíveis:
Quando serviços são interdependentes, seria de pensar que fizessem, pelo menos, um esforço para compatibilizar os seus horários.
Mas não! A secretaria central fecha às 15h, mas funciona ininterrupto, enquanto que a tesouraria fecha das 12h às 14h e depois só volta a encerrar lá para as 16h30.
Como decidi ir à tesouraria, depois de almoço, para pagar a inscrição, esta só abria às 14h, demorei mais de uma hora lá, e já estão a ver o resultado. Secretaria central? Só no dia seguinte...

Desconfiança entre serviços:
Já no momento da inscrição, foi-me pedida o comprovativo da conclusão da licenciatura, que é uma folha toda "catita", com um papel especial e com daqueles brilhantes tipo as notas de euros. Até aqui tudo normal.
O que achei surpreendente, foi o facto de eles telefonarem para a secretaria central, acho eu, a verificar a sua autenticidade.
Se é para estar em eterna desconfiança, não percebo o motivo de se esforçarem a fazer uma folha tão trabalhada.

Labirinto burocrático:
Qualquer assunto que se tenha que resolver só tem piada se nos obrigar a passear bastante e a falar com dezenas de pessoas.
O início da minha viagem burocrática iniciou-se com a busca da listagem das cadeiras para o mestrado, no meu departamento. Segui-se o pagamento da inscrição e levantamento da pasta de inscrições com aquele molho de papéis em quadruplicado, ou algo do género, e preencher três vezes a mesma informação.
E visto que a tesouraria não tem multibanco, tive que ir à secretaria central para pagar a primeira mensalidade da propina, mas como isso seria fácil de mais, tive que ir à secção de pós-graduações e mestrados para perguntar qual era o valor de primeira prestação da propina visto que na secretaria não sabiam.
Para concluir, lá me dirigi ao sítio das inscrições onde programas com interfaces crípticas davam-me a sensação que deveria tirar um curso só para as entender.
E com isso a minha saga chega ao fim.
Quase...

Como tinha a carta do abono de família comigo, aproveitei para passar pela secção de pós-graduações e mestrados para que esta fosse carimbada.
Aí, uma das senhoras dessa secção alertou-me para o facto de que não me tinha inscrito na dissertação do mestrado. De seguida seguiu-se um momento à Gato Fedorento, "A dissertação?", "Qual dissertação?", "A dissertação?"...
Mesmo depois de lhe ter explicado que, no caso do meu curso, o mestrado funcionava de forma diferente, a dissertação é substituída pelo projecto. Ela lá me deixou plantado por uns momentos enquanto foi conferenciar com alguma superior.
No final de contas, quem tinhas razão? Julgo que a resposta é evidente.

Será só impressão minha ou essa necessidade que controlar tanto os procedimentos através da burocracia não será uma das grandes culpadas pela perda de eficiência do nosso país?
No final de contas, perdi dois dias...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Google Office uma realidade

Sabia que era uma questão de tempo até que a Google integrasse o Writely, o processador de texto online que comprou no princípio do ano, com o Google Spreadsheet, um programa online para folhas de cálculo, essencialmente são rivais online do MS Word e MS Excel.

A Google integrou essas duas ferramentas no que chamou de Google Docs & Spreadsheets e aproveitou, no processo, para melhorar ambas as ferramentas. O ex-Writely passou a ficar com uma interface mais unificada com os produtos da Google, o ex-Google Spreadsheets passou a ter um melhor mecanismo para a gestão dos ficheiros produzidos nessa ferramenta.

Para além de esta integração ter trazido mais notoriedade a estes dois produtos da Google, esta manobra parece expressar um desejo de atacar a Microsoft na sua maior fonte de rendimento. Não, não estou a falar do Microsoft Windows, mas sim do Microsoft Office.
O suporte por parte da Google dos Open Documents, um formato de documento standard usado, entre outros, pelo Open Office, e que não sofre dos problemas de controlo proprietário e monopolista dos formatos usado no MS Office (.doc, .xls, .ppt, ...).

Agora só falta à Google adicionar uma ferramenta, online, semelhante ao MS PowerPoint. Visto que a Google está numa fase de compra de empresas, depois de ter comprada o YouTube por 1.65 bilhões de Dollars, quem sabe se eles não comprarão a Thumbstacks, Empressr ou TeamSlide.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Chuva de novidades da Google

Nas ultimas duas semanas, a Google parece concentrada em mostrar trabalhar, oferecer coisas novas, um pouco como os políticos uns meses antes das eleições. Ao longo de estes dias, foram revelados novos serviços, face-liftings, acrescentos de funcionalidades, etc, com impacto para interessar um vasto leque de pessoas, e desta vez também para os programadores.

  • Google Reader: Muito redesenhado, o que permite ter um aspecto muito mais atractivo. Novas funcionalidades que facilitam a inclusão de novas subscrições, mais fácil partilha de notícias, e 2 opções de leitura de notícias (expandidas ou lista), entre outras. Por outro lado, tenho constatado que o sistema de etiquetagem das notícias (tagging) em muitos caso já não vai mostrando a lista de opções disponíveis à medida que se vai teclando, e quando ocasionalmente mostram, esta aparece no fundo da página desconexa da área da notícia.
    Uma ligeira regressão, que contudo não mancha a qualidade da actualização.Se for dos que preferia o aspecto anterior, a Google foi simpática ao ponto de permitir ao seus utilizadores reverterem para o aspecto anterior.

  • Google Groups:Esta quarta-feira, a Google lançou uma versão beta do seu novo sistema para grupos de Usenet, o Google Groups beta. O Google Groups era um dos serviços que mais precisava de um redesenho, muita informação condensada, a listagem das notícias eram irregulares, etc. Com esta nova versão, é possível alterar o aspecto do Google Groups com esquemas de cores diferentes, a gestão dos elementos do grupo é mais fácil e não requer tantos passos.
    Fora estas alterações de aspecto e de reorganização de interface, esta nova versão orienta o serviço mais numa direcção de um portal colaborativo para grupos. É possível criar páginas vinculadas ao grupo, uma espécie de Wiki, e agora já é disponível uma quota para a partilha de ficheiros dentro do grupo.
    Se o redesenho não bastasse, a inclusão de funcionalidades colaborativas extras transformam uma solução convincente para grupos.

  • Google Calendar: Agora é possível incluir informações como condições atmosféricas e fases lunares no calendário.

  • Google Talk: Aqui pouco a dizer, a não ser uma pequena alteração na política da Google mas que tem um impacto significativo. Agora o Google Talk já pode ser usado por quem possua mails que não sejam da GMail. Uma abertura do serviço.

  • SearchMash: Apesar de este site não ter nada no nome que indique alguma relação com a Google, ele pertence, de facto, à empresa dos 2 'o's.Este site parece ser a "caixinha de areia" da Google, o sítio onde fazem experiências no que diz respeito ao seu motor de busca, se bem que, aparentemente, estas se limitem à interface.
    Uma visita interessante, se considerarmos alguns dos pormenores presentes, tais como a reordenação dos resultados por parte do utilizador.

  • Google Accessible Search: A esta variação do motor de busca, dedicado a oferecer a maior acessibilidade possível a todos os utilizadores, sejam eles invisuais ou não, foi acrescentada a opção de pesquisa avançada para se aceder a opções de pesquisa mais minuciosas.

  • Google Gadgets:Os gadgets são pequenos componentes de javascript, e afins, que fornecem funcionalidades de relógios, calendários, jogos, notícias de diversos sites, uma listagem de mails, e mil e uma coisa. Estes gadgets são usados pelas pessoas que possuam a Homepage personalizada do Google onde podiam embutir estes gadgets na sua página.
    Agora, a Google disponibiliza esses gadgets para serem incluidos em qualquer página web.

  • Google Notebook: Adicionados um conjunto de funcionalidades a este serviço de anotações, tais como possibilidade de compartilhar "livros" de anotações.

Contudo, tal como já tinha dito, também existiram novidades interessantes para os programadores.

  • Google Code Search: Com esta ferramenta, a Google entra numa área onde estranhamente ainda não tinha entrado. A de um motor de pesquisa para código.
    Apesar de já existirem ferramentas especializadas para a procura de código, como o Krugle, até há pouco tempo era comum para um programador considerar o google a sua ferramenta mais valiosa para desempenhar o seu trabalho e isto, apesar do Google não ter nenhuma especialização na pesquisa de código.
    Uma particularidade interessante, é o facto de se poder pesquisar restringindo à linguagem de programação, licença, e de se poder usar expressões regulares, tudo para que sejamos mais produtivos.

  • Google AJAX Search API:Uma versão nova da API para criar aplicações web por cima dos serviços de pesquisa disponibilizados pela Google, e com eles, um conjunto de exemplos muito interessantes.

Talvez devido a um fluxo de energia originada pela celebração dos 8 ano da empresa, a Google continua a surpreender e a fornecer serviços que ajudam a que a navegação na internet seja uma experiência mais rica e cómoda.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Telemóvel novo

Decidi aproveitar o dia de "folga" de hoje para comprar o legítimo sucessor ao meu já defunto telemóvel.
Queria, já agora, aproveitar para referir que não sou um compulsivo utilizador de telemóvel e que, contrariamente a 99% das novas gerações, só tive o meu primeiro telemóvel quando entrei na universidade. Típica preocupação de mãe, em ter o filhinho sempre contactável.

Agora, acabado o curso, e devido a uma avaria que impede o telemóvel antigo de recarregar, é que chegou a altura de substituir o meu velhinho Sony Ericsson (T300), por um... xaram... novo Sony Ericsson, o M600i, que consiste numa prenda excêntrica (monetáriamente) de mim, para mim, numa tentativa de no processo me tornar uma pessoa mais organizada.

Ele é preto, ele é lindo, e o seu ecrã táctil um autentico divertimento. Ainda falta ver muita coisa, porque uma análise rigorosa não pode ser feita ainda sobre o efeito da euforia de uma compra.
Amanhã já mostrarei umas fotos do novo brinquedo.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Recomeçar a pratica de Karate-Do

Após longos meses de ausência do Dojo, decidi, nos últimos dias recomeçar efectivamente a recomeçar os treinos da arte marcial que pratico: Karate-Do Shito-Ryu.

Passados meses, senti que estava mais do que na hora de recomeçar. Sentia-me a "ressacar" por aí, com vontade de bater em algo, de andar aos pontapés, e a assustar as pessoas que me eram mais próximas com golpes à queima-roupa e com atemis suaves para ver as pessoas a contorcer-se.
Estes comportamentos socialmente mal interpretados e profundamente recriminados eram uma prova da necessidade que tinha de por o meu corpo a mexer, de sentir o cansaço do esforço físico, de sentir os músculos doridos, e de entrar naquele mundo diferente onde outro grau de concentração é exigido.

Para um (suposto) informático como eu, que acaba por passar horas a fio sentado, até ficar com o traseiro quadrado, e passar a ver somente em 2 dimensões, esta arte é uma forma de estravazar energias e de manter o corpo em forma para seguir a máxima: Mente sã em corpo são.

Se é muito bom sentir agora o peso do estatuto de licenciado, em grande parte pelo sentimento de recompensa por muito esforço e sacrifícios feitos em prol do curso, uma verdade é que no ano que passou, o Karaté acabou por ser, para mim, o grande sacrifício em nome do curso.
Agora é recuperar o tempo perdido. E pelo que já constatei, fora os pormenores, ainda me lembro dos katas (espécies de coreografias de combates), só me está a custar relembrar de alguns dos nomes das técnicas, no fundo, é tudo um problema de nomes...

sexta-feira, setembro 29, 2006

Primeiro "ordenado" pós-licenciatura

Hoje tive que ir ao banco tratar daqueles assuntos burocráticos tão 'interessantes', pelo que aproveitei o balanço e, passo a redundância, fui conferir o balanço da minha conta.

Para a minha satisfacção, já tinha recebido o meu primeiro "ordenado" pós-licenciatura. Chamo-lhe "ordenado" porque na realidade não estou a receber ordenado, estou a receber bolsa de investigação pelo trabalho que estou a desempenhar no grupo de investigação XLDB da FCUL.

É bom começar a colher os frutos de vários anos de noitadas, algumas directas e de muitas dores de cabeça. Mas é provável que este dinheiro seja uma atenuante pelas futuras noitadas, talvés directas, e garantidas dores de cabeça que irei ter num futuro próximo.
Mas é bom começar a sentir uma certa independência financeira.
Agora resta decidir como não gastá-lo, sim porque, gastá-lo é o mais fácil.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Notificações por SMS no Google Calendar

Depois de ter ficado curioso com a hipótese de ser notificado por SMS dos eventos presentes no meu Google Calendar, decidi investigar mais a fundo o assunto. Depois de mergulhar nos documentos de ajuda da Google, fiquei a saber que da parte da Google, o envio de SMS é grátis, contudo a cobrança das SMSs estás dependente da "boa vontade" dos operadores.
Melhor dizendo, sem experimentar, não seria capaz de saber ao certo, as notificações são pagas ou grátis?

Depois de conferenciar com o meu colega Ângelo Costa, o autor do blog Infor Blog, decidimos experimentar com a Vodafone a ver se essa gigante multi-nacional iria cobrar pela mensagem vinda da Google.

Depois de algumas horas de espera, o veredicto é: falhanço. A Vodafone cobrou pelo avisou. É claro que isto poderá estar dependente do tarifário usado, mas de qualquer forma, o objectivo era que fosse grátis. Claro que poderiam dizer que melhor do que grátis seria se fosse de borla, contudo, já me contentaria se fosse grátis...
Mas de qualquer forma ainda não desisti, nos próximos tempos tentarei o mesmo processo com a TMN a ver se esta é mais simpática, pode ser que desta vez seja, de facto, de borla!
Mantenham-se atentos para novidades quanto a esta experiência.

Como nota final, hoje, o meu já referido colega Ângelo faz anos, como tal não poderia deixar de lhe desejar os parabéns!

O PIOR site de sempre

É frequente, ao navegar na internet, que nos cruzemos com páginas verdadeiramente más, mal desenhadas. Má escolha de cores, maus contrastes, excesso de animações na página, navegação deficiente. Não faltam escolhas quando se quer desenhar uma má página.

Ora hoje, vi uma página que não era má, era péssima. Pensava que já tinha visto o pior que a mente humana seria capaz de produzir na internet, mas mais uma vez a espécie humana pregou-me uma rasteira. Posso afirmar que este site de propaganda evangélica rasca é o pior site que já vi na minha vida.
Atenção! Cuidado ao abrirem que pode provocar efeitos nocivos à vossa saúde. Já viram? Ooops, parece que o aviso surgiu tarde de mais.

Será este design do site uma forma disfarçada de lavagem cerebral para conversão dos crentes?
Ou uma forma subtil de atordoar as pessoas e de lhes induzir enxaquecas?
O meu provável é que, tal como afirmou um amigo meu, "este site leva as pessoas a vomitar em todo o monitor" do enjoo provocado.

Se quiser começar a desenhar páginas web, aqui tem um óptimo exemplo. Exemplo de como as coisas não devem ser feitas!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Porquê o termo "cookie"?

Hoje voltou a atacar-me uma pergunta que já é recorrente e que influcência a minha navegação na internet. Porquê é que os "cookie"s se chamam "cookie"? (perdoem-me pela redundância)

Os cookies são pequenos excertos de texto enviados pelos servidores HTTP aos browsers, os quais são enviados de volta ao servidor cada vez que se volta a aceder ao servidor. Os cookies são frequentemente utilizados para efectuar autenticações, manter dados do utilizador como preferências, ou para rastrear a navegação do utilizador.

Mas perturba-me o facto de, a esse pedaço de informação, lhe darem o nome de bolo (ou biscoito), que é o significado de cookie em inglês. Qual é o motivo para o uso de este termo?
Do que pude averiguar, os cookies usados na web foram-se inspirar nos magic cookies, um termo muito usado na computação no mundo UNIX. Os magic cookies são tipicamente marcadores ou pequenos pacote de dados trocados entre programas, os quais não são interpretados nem têm sentido para o programa que os recebe, só se limita a entregá-los de volta ao outro processo quando pedido.
Este processo é um pouco como os guarda-roupas nas discotecas, entregamos o nosso casaco, devolvem-nos um pequeno marcador numerado. Quando devolvemos o marcador, é-nos devolvido o nosso casaco. O número no marcador é-nos indiferente, só nos interessa o facto que ao entregá-lo conseguimos reaver o casaco.

Apesar do que descobri, a pergunta persiste... Porquê o termo "cookie" ?!

domingo, setembro 24, 2006

MS Project bom, mas não para a Microsoft

No famosa jantar, que referi no meu post anterior, um (ex-)colega meu que actualmente está a estagiar num dos sectores da Portugal Telecom (já não sei se é a PT-SI ou a PT Inovação) faz parte da principal equipa responsável pela preparação do Microsoft Project 2007, e que tenta impingir este brilhante programa às empresas, ainda que este ainda esteja em testes.

Brilhante não é? Um programa que permite gerir custos, recursos de projectos, e ainda por cima da Microsoft? Seria de esperar quea Microsoft, internamente usassem o MS Project mas, segundo o que o meu colega apurou, nem eles próprios têm coragem de o usar.

Só uma ideia, eventualemente descabida, será que aquilo não é assim tão bom quanto o vendem? Só assim, por "acaso"?

sábado, setembro 23, 2006

PC Guia tem guia completo do vista ?

Ontem tive o meu primeiro jantar, em Lisboa, com uma boa parte dos meus recém-licenciados colegas, uma ocasião para matar saudades, mas para lá chegar tinha que passar pela , por vezes fatídica, espera pelo comboio num final de tarde.
Para acalmar a passagem dos, esperava pelo comboio com destino a Lisboa, pus-me a espreitar por entre as grades de um quiosque na estação do Estoril.
Vagueando com o meu olhar por entre revistas de bordados, de ponto cruz, infantis, de jogos, FHM, e afins, deparei-me com kit especial da PC Guia.
Esse kit, fora a tradicional revista, trazia um amontoado de folhas denominado: "Guia Completo do Windows Vista".
Não sei até que ponto não será presomptuoso da parte deles afirmarem que têm um guia completo de algo que ainda está longe de completo e acabado, no final de contas, o Windows Vista só sai lá para o primeiro trimestre de 2007.
Quem não lhes garante que mais uma funcionalidade, coberta nesse fantástico guia "completo", não venha a ser removido do produto final?

Já agora, o jantar correu bem ;)

quinta-feira, setembro 21, 2006

Writely acessível a todos

Após ontem ter recebido um mail da equipa do Writely a avisar que brevemente o Writely iria estar acessível a todos os utilizadores com conta de GMail, hoje constatei que isto já era uma realidade.

O Writely é um óptimo processador de texto, ao género do MS Word e OpenOffice Writer, a diferença é que o Writely funciona no seu browser (de momento Firefox, Mozilla Suite, Sea Monkey e Internet Explorer).
Apesar de lhe faltar um bom número de opções que encontramos no MS Word ou no OO Writer, o Writely tem os seus argumentos que justificam a sua utilização.
Com o Writely, é possível exportar os ficheiros para o formato MS Word, OpenDocument, PDF, entre outros. É possível várias pessoas trabalharem no mesmo documento e compararem alterações feitas no documento ao longo do tempo e pelos diversos utilizadores.
Mas a grande vantagem é o facto de não ser necessário instalar software no computador no qual se trabalha, e não ser preciso gravar cópias visto que o documento está, em cada momento, guardado no servidor. Quer continuar em casa o relatório que começou a escrever na escola ou no trabalho? Fácil, escreva no Writely e, quando chegar a casa, continue a escrever no ponto em que ficou.
Então e "crashes" no browser? Nada de preocupante visto que o Writely vai gravando periodicamente o que vai escrevendo para que não perca nada do trabalho.

Para quem não precisar de todas as mariquices do Word, ou para quem não se quer dar ao trabalho de instalar um processador de texto, esta é uma forma cómoda de se escreverem documentos de baixa ou média complexidade.

Após a Google ter adequirido o Writely e de ter criado o Google Spreadsheat, só lhe falta um programa online equivalente ao MS PowerPoint para ter um conjunto de ferramantas para rivalizarem com o MS Office. Quem sabe se essa ferramenta não será a próxima a ser divulgada.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Brincar com o Google SketchUp

Decidi hoje instalar o Google SketchUp, como forma de fazer uma pequena pausa no estudo de Information Retrieval ao qual me tenho submetido.

O Google SketchUp é uma ferramenta de modelação 3D que, tal como o nome indica, é usada essencialmente para coisas rápidas, rascunhos (em inglês "sketch" significa, de facto, rascunho).
Nada de interfaces complexos, com muitos butões, textos e fórmulas estranhas que possam assutar quem não vive no mundo do design.
Este ferramenta pretende ser simples, uma ferramenta para o comum dos mortais, ou quase, e pretende que seja possível chegar-se rapidamente a resultados.
Após os primeiros minutos para ambientar, lá comecei a desenhar retângulos, puxar faces, re-orientar arestas, e, em 5-10 minutos, já tinha um protótipo grosseiro, e com medidas feitas a olhómetro, da minha casa.
É essencialmente este o conceito do SketchUp, de formas geométricas planas, criar volumes e ir gradualmente aumentando a complexidade do nosso modelo.

Tenho noção de que aflorei muito superficialmente as potencialidades da ferramenta, nem sequer me dei ao trabalho de experimentar e alterar texturas para os sólidos amorfes criados por mim, mas para um primeiro contacto, a experiência é muito interessante.
É possível que, uma pessoa sem grande experiência em design consiga produzir "obras" com alguma dignidade.

Como ultima nota, fiquem sabendo que é possível com esta ferramenta desenhar edifícios e posteriormente vê-los manifestarem-se em todo o seu esplendor no Google Earth. Alguma vez pensou em como é que seria a sua casa se a visse em 3D no Google Earth? Agora é só uma questão de "puxar" volumes.
Se quiser ver o que pessoas de todo o mundo já fizeram com esta ferramenta, e submeter as suas obras, pesquise em 3D Warhouse.

terça-feira, setembro 19, 2006

Dr.'s e Engenheiros

Hoje escrevi o meu primeiro post no blog Dr.'s e Engenheiros, um post intitulado Receita de uma pós-licienciatura que explica, um pouco por entrelinhas, no que vai consistir o meu próximo ano.

O blog Dr.'s e Engenheiros é um blog, tal como o sub-título indica, dedicado ao relato d' "As aventuras e desventuras de um conjunto de informáticos após a conclusão do curso". Este blog criado por colegas meus, recebe a contribuição de um grupo maior de colegas. E como qualquer um pode lá escrever as irracionalidades que lhe apetecer, cá estou eu a aproveitar essa dádiva e a manter essa ligação com pessoas com quem percorri durante 4 anos os mesmo corredores da FCUL, com quem me sentei nas mesmas salas, com quem passei noitadas a programar, e de quem fui ajudado e ajudei.
Por isso, não deixem de espreitar que pelo menos algo de cómico há de lá surgir.

(Para os mais desatentos, o link para este blog foi recentemente adicionado na secção: Blogismos)

domingo, setembro 17, 2006

A incompetência tecnológica do jornal "Metro"

Já se tornou um ritual para muita gente, de manhã, o gesto de ir buscar um jornal "Metro" à saída do metro, do comboio, etc.
Para os mais desatentos, o jornal "Metro" é um dos 2 jornais grátis com mais leitores (o outro sendo o jornal "Destak"), e sendo grátis e distribuído em locais estratégicos torna-se evidente que as pessoas o procurem para se entreterem durante os "tempos mortos" nos transportes.

Ora se não podemos estar à espera da mesma qualidade de notícias como num jornal Público ou Diário de Notícias, a verdade é que, para uma pessoa interessada em tecnologias ,e com uma licienciatura recente em informática, as notícias sobre tecnologias nesse jornal são uma autêntica barbaridade. Incompletas, parciais, imprecisas. Enfim, o normal na maioria do jornalismo nacional sobre tecnologia.
A culpa não é directamente do jornal, visto que esta secção está a cargo de uma equipa de supostos profissionais na área, a equipa do Máquina de Escrever.
Ora aqui fica uma breve apresentação, que até seria capaz de convencer os mais incrédulos:

"A Máquina de Escrever é composta por jornalistas especializados nas áreas dos videojogos, tecnologias e entretenimento. Formamos uma equipa redactorial experiente que tem sido responsável durante vários anos pela produção de conteúdos de referência no sector. Ao longo do nosso percurso profissional, adquirimos a capacidade e a sensibilidade necessárias para adequar os temas da nossa especialidade aos mais variados tipos de públicos."

Dito isso, e depois de tanto retalhar a casaca sem aparente fundamento, vou justificar o motivo de todos os meus protestos.
A notícia que me levou a escrever este protesto foi a notícia de segunda feira com o título "Podcasting, a última moda". Ora começa mesmo bem, onde é que eles andaram a hibernar? Desde quando podcasting é a ultima moda? Os podcasts já ultrapassaram a época de serem moda, actualmente já fazem parte do modo de vida digital de muita gente, mas já explico essa parte num instante.
Eles até começaram a explicar bem, que os podcasts são ficheiros de música (tipicamente em mp3) que são distribuídos pela internet e que muitas vezes estão preparados como se fossem rádios online, só que, ao contrário dessas, descarregamos a emissão para o computador. Continuam, falando de alguns sítios no qual podemos encontrar e subscrever a podcasts, contudo esqueceram-se de um dos mais importantes, o iTunes.
A partir deste momento, o rigor relativo da notícia desaparece.
"Alguns leitores digitais multimédia começam também a incorporar funcionalidades que permitem aceder ao podcasting"
esta frase da a entender que só recentemente é que os leitores de mp3 é que têm vindo a suportar os podcasts, mas reparem bem no nome, Pod + Cast, ou seja, iPod + Broadcast (que inglês significa emissão/difusão, e.g. rádios). O podcasting surgiu com o iPod, o qual não se pode dissociar de esses famosos leitores de mp3. Se outros só agora começam a suportar já é outra história, mas visto que este fenómenos nasceu com o leitor de mp3 mais famoso do mundo, o iPod, esta afirmação é no mínimo, imprecisa.
Uma pessoa poderá eventualmente amenizar as coisas dizendo, "enfim, pode ter nascido com o iPod, mas sendo algo recente, pode ser normal o engano".
Ora aqui surge outro erro crasso da parte deles. Afirmam que,
"A Apple lançou recentemente uma actualização grátis para o programa iTunes..."
mas se por recente considerarem o outono de há 2 anos atrás, então sim é recente.
O suporte para Podcast em iTunes apareceu com a versão 4.9 do programa. Na semana passada, foi lançada a versão 7.0. Mais, o podcasting já existia antes do seu suporte no iTunes, através do uso de outros programas, mas foi só com a sua inclusão no iTunes que o seu uso se generalizou. Nesse momento é que surgiu a febre, não agora. Eu, em particular, já ouço podcasts há 2 anos, e se bem que em Portugal as coisas demoram a chegar, o podcasting já é usado com alguma extensão há já algum tempo.

É triste ver que pessoas que se consideram profissionais, e que são pagas, descrevam notícias tão falaciosas. Não sei se eles têm a noção das mentiras que escrevem ou será pura incompetência, mas só apetece dizer: "Man, acorda para a vida! Nem os ursos hibernam 2 anos!".

Preparem-se para mais posts do género porque este não foi a primeira vez que encontrei notícias deles imparciais, incompletas ou imprecisas, e garanto-vos que se irão repetir! "Stay iTuned"...

sexta-feira, setembro 15, 2006

Problemas com IE

Julgo que final entendi o motivo dos problemas de visualização do blog no Internet Explorer, e que impossibilitava a leitura das notícias.

O pequeno script de Last.FM que usava para apresentar as músicas de que ia ouvindo, varia de tamanho consoante o tamanho dos títulos e dos autores das músicas.
Ora, contrariamente a todos os outros browsers em que experimentei (Firefox, Camino, Safari, Opera, Shiira), só o Internet Explorer se engasgava com essa variação de tamanho. Mais uma prova da qualidade desse browser.

De qualquer forma, o problema já está resolvido e o blog já deve aparecer como deve de ser em Internet Explorer. Mas aproveito para recomendar, se usam Internet Explorer, não vale a pena, a sério, usem algo mais completo, com mais funcionalidades e com mais qualidade na apresentação de página, algo para homens, ou algo sexy (para as senhoras), seja Firefox, Opera, Sea Monkey ou outro.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Descontos "incríveis" na Amazon

Ontem, passeando pela Amazon, como raramente faço, à procura de livros que pudessem ser úteis para as minhas ocupações de informático, cruzei-me com um desconto verdadeiramente incrível.
A Amazon estava a vender o livro "Open Source Messaging Application Development: Building and Extending Gaim (Expert's Voice in Open Source" ao preço de $39,98 mostrando o anterior preço que era de $39,99, ou seja, 1 cêntimo de desconto.
Com um desconto desses, julgo que vou aproveitar esta oportunidade única e comprar o livro.
Se não acreditam, ora vejam (e cliquem) o screenshot que tirei:




Falando com um pouco mais de seriedade, é evidente que este desconto é absurdo do princípio ao fim e levanta a questão de: como é que os descontos são de facto processados dentro da Amazon e, quantos mais descontos deste género é q existem.

sábado, setembro 09, 2006

As intermitências da morte

Acabei hoje de ler o meu primeiro livro de Nobel, José Saramago, "as intermitências da morte".
Após vários alertas sobre o facto da escrita de Saramago ser confusa, sobre a anarquia na pontuação, o meu veredicto é, esses factores não são grandes entraves à leitura, direi mesmo, que não me perturbaram, para além do choque inicial. Considero mesmo a sua escrita deveras interessante, a sua associação de palavras, significados, termos, expressões.
Talvez tenha lido um livro mais fácil de ler, e de entender, do que é normal nele, ou simplesmente possuo uma mente tão confusa que é propensa à leitura de coisas confusas. Não o sei bem, terei que averiguar isso lendo outro livro do mesmo autor...

Quanto ao livro em si, tal como o título dá a entender, este baseia-se na morte, e na ausência desta. Numa primeira fase, o livro conta a história de um país longínquo, onde, a partir do primeiro dia e primeiro segundo do ano, se deixa de morrer. O autor lança-se então numa narrativa da reacção das pessoas a esse fenómeno e explora, à exaustão, as consequências sociais, económicas, religiosas, entre demais, de já não se morrer.
Numa segunda fase, e passados meses, nesse país longínquo, as pessoas voltam a morrer como sempre o fizeram desde o princípio dos tempos com a diferença de que as pessoas passam a receber um pré-aviso de falecimento para resolver assuntos pendentes, avisos esses escritos e assinados pela morte em si, a que está envolta em trapos e de gadanha na mão.
A ultima fase da narrativa centra-se sobre a morte, entidade, descrevendo a sua tarefa enfadonha e rotineira de matar, apresentando-a com um olhar mais humano do que costumamos associar à morte quando pensamos nela.

Claro que o livro contem muito mais detalhes, mais histórias, do que está aqui reduzidamente descrito, mas julgo que isto possa ser suficiente para aguçar o apetite.
Como tal, recomendo este livro a quem esteja na disposição de reflectir um pouco sobre a consequência da vida e, consequentemente, da morte, e de reflectir sobre a forma como a sociedade reage às mudanças, às adversidades. Ou simplesmente, recomando-o a todos os que gostam de ler, visto que não se pode propriamente dizer que ler não seja saudável.

Agora a única dúvida que persiste é, o que irei eu ler a seguir...

sexta-feira, setembro 08, 2006

Como remover logos de telemóveis?

O mundo actual está cheio de cartazes, panfletos, cores, formas, nomes, logos. É um mundo onde a poluição impera, a poluição das marcas, a invasão das publicidades. O tão amado (e odiado) MSN Messenger dedica, actualmente, mais espaço à publicidade do que propriamente às funções que a aplicação é suposto desempenhar; hoje em dia, começam a surgir jogos que, em pleno jogo, apresentam publicidades a marcas, que podem até nem terem lógica no contexto do jogo. Lembro-me de um caso flagrante em que, num jogo medieval, surgiam publicidades à PSP da Sony.
Já no acto de comprar um computador, o acto repete-se. Actualmente os computadores vêm mais cobertos de autocolantes do que os cadernos das "pitas". Ele é o Intel Inside, o Optimizado para Windows XP (mesmo se Linux funciona melhor nele), ATI ou Nvidia powered, autocolante que certifica o respeito pelas normas no consumo energético, autocolante para indicar que o computador é de facto um computador e mais uma série de autocolante que, se não são absurdos, são de utilidade totalmente duvidosa, um atentado ao mau gosto.

No caso dos telemóveis, PDAs ou outros, é não menos frequente estar estampada informação relativa à operadora à qual estes dispositivos estão vinculados.
Venho aqui apresentar uma forma de remover esses logos extras ou simplesmente remover os logos de que não se gosta sem que no processo, se risque o aparelho.

O truque consiste em:
  1. Proteger a zona envolvente com fita adesiva

  2. Esfregar com torrões de açucar a zona do logo, de preferência com os cantos pois permitem maior controlo.

  3. Limpar com um pano todos os vestígios de açucar que existam

Devem estar a perguntar: "Mas porquê açucar?". Aparentemente, a consistência do açucar permite raspar a tinta dos logos mas não tem rigidez suficiente para riscar a superfície do dispositivo.

Esta é uma versão resumida do procedimento que está em inglês, e que contem o procedimento detalhado acompanhado das respectivas fotos e de um vídeo exemplificativo de como se deve esfregar o açucar.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Pesquisar na web VI-style

Hoje em dia, grande parte da vida online centra-se à volta da pesquisa. Uma pesquisa no Google aqui, uma pesquisa no Google ali.

Para minha felicidade, tropecei num motor de busca extremamente baseado no VI, o visearch (duh!). Para os desconhecedores, o VI é um excelente editor de texto que funciona na linha de comandos e que leva o uso do teclado ao nível supremo, editar vários ficheiros, copiar, colar, alterar com expressões regulares são só algumas das coisas que este editor permite fazer sem nunca se largar o teclado e sem serem necessários malabarismos de atalhos; faz tudo o que o seu editor de texto faz, e mais um par de botas (mas isto é conversar para outra altura).

Este motor de busca, que foi criado inicialmente como brincadeira, pretende permitir que se pesquise e que se navegue pelos resultados usando somente o teclado. Para os utilizadores de VI, a boa notícia é que eles usam os mesmos comandos para a navegação dos resultados.
Como extra, é possível apagar os resultados que não nos interessam (comando 'dd'), inserir comentários (comando 'i'), gravar os resultados das pesquisas (comando ':w'), etc, sempre VI-style.

Para os mais cépticos, qual é o interesse de se ter um motor de busca que dê para ser controlado totalmente a partir do teclado?
Primeiro: escolha! Uma pessoa não tem que ser forçada a usar o teclado para navegar só porque a maioria o faz.
Segundo e mais importante: porque o uso do teclado, em mãos experientes, é infinitamente superior ao uso do rato. É como que comparar a condução com mudanças automáticas ou manuais. As mudanças automáticas são mais cómodas e confortáveis, não exigem tanto esforço da parte do condutor. Já as mudanças manuais permitem tirar melhor partido do carro, maior controlo e maior desempenho.
E convém dizer, tem mais estilo conduzir com mudanças manuais/usar só o teclado ;)

segunda-feira, setembro 04, 2006

Hackeando a vida real

Se no mundo virtual é frequente falar-se de "hack" no seu sentido negativo (no de explorar vulnerabilidades inerentes a sistemas), não é menos verdade que os objectos do mundo real também podem ser alvos de "hack"s, ser portadores de vulnerabilidades, e que essas podem ser contornadas de forma mais ou menos fácil.
A vida real não é tão diferente do mundo virtual! (ou será o contrário ?)

Para os tão seguros cadeados, tenho aqui um filme de como se consegue "hackeá-lo" em cerca de 10 segundos.


Mas como a nossa vida não gira só à volta de cadeados, vou aqui deixar um link para uma página que explica como se pode "hackear" uma máquina fotocopiadora com um simples clip, daquelas máquinas pagas que se encontram em bibliotecas e que nos perturbam porque, ou o preço por cópia é exorbitante, ou porque não temos dinheiro à mão.

Mas não se esqueçam que não vos estou a dizer para "hackear" o mundo, somente que o podem fazer! Não é uma bela coisa, o poder do conhecimento?