sexta-feira, setembro 29, 2006

Primeiro "ordenado" pós-licenciatura

Hoje tive que ir ao banco tratar daqueles assuntos burocráticos tão 'interessantes', pelo que aproveitei o balanço e, passo a redundância, fui conferir o balanço da minha conta.

Para a minha satisfacção, já tinha recebido o meu primeiro "ordenado" pós-licenciatura. Chamo-lhe "ordenado" porque na realidade não estou a receber ordenado, estou a receber bolsa de investigação pelo trabalho que estou a desempenhar no grupo de investigação XLDB da FCUL.

É bom começar a colher os frutos de vários anos de noitadas, algumas directas e de muitas dores de cabeça. Mas é provável que este dinheiro seja uma atenuante pelas futuras noitadas, talvés directas, e garantidas dores de cabeça que irei ter num futuro próximo.
Mas é bom começar a sentir uma certa independência financeira.
Agora resta decidir como não gastá-lo, sim porque, gastá-lo é o mais fácil.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Notificações por SMS no Google Calendar

Depois de ter ficado curioso com a hipótese de ser notificado por SMS dos eventos presentes no meu Google Calendar, decidi investigar mais a fundo o assunto. Depois de mergulhar nos documentos de ajuda da Google, fiquei a saber que da parte da Google, o envio de SMS é grátis, contudo a cobrança das SMSs estás dependente da "boa vontade" dos operadores.
Melhor dizendo, sem experimentar, não seria capaz de saber ao certo, as notificações são pagas ou grátis?

Depois de conferenciar com o meu colega Ângelo Costa, o autor do blog Infor Blog, decidimos experimentar com a Vodafone a ver se essa gigante multi-nacional iria cobrar pela mensagem vinda da Google.

Depois de algumas horas de espera, o veredicto é: falhanço. A Vodafone cobrou pelo avisou. É claro que isto poderá estar dependente do tarifário usado, mas de qualquer forma, o objectivo era que fosse grátis. Claro que poderiam dizer que melhor do que grátis seria se fosse de borla, contudo, já me contentaria se fosse grátis...
Mas de qualquer forma ainda não desisti, nos próximos tempos tentarei o mesmo processo com a TMN a ver se esta é mais simpática, pode ser que desta vez seja, de facto, de borla!
Mantenham-se atentos para novidades quanto a esta experiência.

Como nota final, hoje, o meu já referido colega Ângelo faz anos, como tal não poderia deixar de lhe desejar os parabéns!

O PIOR site de sempre

É frequente, ao navegar na internet, que nos cruzemos com páginas verdadeiramente más, mal desenhadas. Má escolha de cores, maus contrastes, excesso de animações na página, navegação deficiente. Não faltam escolhas quando se quer desenhar uma má página.

Ora hoje, vi uma página que não era má, era péssima. Pensava que já tinha visto o pior que a mente humana seria capaz de produzir na internet, mas mais uma vez a espécie humana pregou-me uma rasteira. Posso afirmar que este site de propaganda evangélica rasca é o pior site que já vi na minha vida.
Atenção! Cuidado ao abrirem que pode provocar efeitos nocivos à vossa saúde. Já viram? Ooops, parece que o aviso surgiu tarde de mais.

Será este design do site uma forma disfarçada de lavagem cerebral para conversão dos crentes?
Ou uma forma subtil de atordoar as pessoas e de lhes induzir enxaquecas?
O meu provável é que, tal como afirmou um amigo meu, "este site leva as pessoas a vomitar em todo o monitor" do enjoo provocado.

Se quiser começar a desenhar páginas web, aqui tem um óptimo exemplo. Exemplo de como as coisas não devem ser feitas!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Porquê o termo "cookie"?

Hoje voltou a atacar-me uma pergunta que já é recorrente e que influcência a minha navegação na internet. Porquê é que os "cookie"s se chamam "cookie"? (perdoem-me pela redundância)

Os cookies são pequenos excertos de texto enviados pelos servidores HTTP aos browsers, os quais são enviados de volta ao servidor cada vez que se volta a aceder ao servidor. Os cookies são frequentemente utilizados para efectuar autenticações, manter dados do utilizador como preferências, ou para rastrear a navegação do utilizador.

Mas perturba-me o facto de, a esse pedaço de informação, lhe darem o nome de bolo (ou biscoito), que é o significado de cookie em inglês. Qual é o motivo para o uso de este termo?
Do que pude averiguar, os cookies usados na web foram-se inspirar nos magic cookies, um termo muito usado na computação no mundo UNIX. Os magic cookies são tipicamente marcadores ou pequenos pacote de dados trocados entre programas, os quais não são interpretados nem têm sentido para o programa que os recebe, só se limita a entregá-los de volta ao outro processo quando pedido.
Este processo é um pouco como os guarda-roupas nas discotecas, entregamos o nosso casaco, devolvem-nos um pequeno marcador numerado. Quando devolvemos o marcador, é-nos devolvido o nosso casaco. O número no marcador é-nos indiferente, só nos interessa o facto que ao entregá-lo conseguimos reaver o casaco.

Apesar do que descobri, a pergunta persiste... Porquê o termo "cookie" ?!

domingo, setembro 24, 2006

MS Project bom, mas não para a Microsoft

No famosa jantar, que referi no meu post anterior, um (ex-)colega meu que actualmente está a estagiar num dos sectores da Portugal Telecom (já não sei se é a PT-SI ou a PT Inovação) faz parte da principal equipa responsável pela preparação do Microsoft Project 2007, e que tenta impingir este brilhante programa às empresas, ainda que este ainda esteja em testes.

Brilhante não é? Um programa que permite gerir custos, recursos de projectos, e ainda por cima da Microsoft? Seria de esperar quea Microsoft, internamente usassem o MS Project mas, segundo o que o meu colega apurou, nem eles próprios têm coragem de o usar.

Só uma ideia, eventualemente descabida, será que aquilo não é assim tão bom quanto o vendem? Só assim, por "acaso"?

sábado, setembro 23, 2006

PC Guia tem guia completo do vista ?

Ontem tive o meu primeiro jantar, em Lisboa, com uma boa parte dos meus recém-licenciados colegas, uma ocasião para matar saudades, mas para lá chegar tinha que passar pela , por vezes fatídica, espera pelo comboio num final de tarde.
Para acalmar a passagem dos, esperava pelo comboio com destino a Lisboa, pus-me a espreitar por entre as grades de um quiosque na estação do Estoril.
Vagueando com o meu olhar por entre revistas de bordados, de ponto cruz, infantis, de jogos, FHM, e afins, deparei-me com kit especial da PC Guia.
Esse kit, fora a tradicional revista, trazia um amontoado de folhas denominado: "Guia Completo do Windows Vista".
Não sei até que ponto não será presomptuoso da parte deles afirmarem que têm um guia completo de algo que ainda está longe de completo e acabado, no final de contas, o Windows Vista só sai lá para o primeiro trimestre de 2007.
Quem não lhes garante que mais uma funcionalidade, coberta nesse fantástico guia "completo", não venha a ser removido do produto final?

Já agora, o jantar correu bem ;)

quinta-feira, setembro 21, 2006

Writely acessível a todos

Após ontem ter recebido um mail da equipa do Writely a avisar que brevemente o Writely iria estar acessível a todos os utilizadores com conta de GMail, hoje constatei que isto já era uma realidade.

O Writely é um óptimo processador de texto, ao género do MS Word e OpenOffice Writer, a diferença é que o Writely funciona no seu browser (de momento Firefox, Mozilla Suite, Sea Monkey e Internet Explorer).
Apesar de lhe faltar um bom número de opções que encontramos no MS Word ou no OO Writer, o Writely tem os seus argumentos que justificam a sua utilização.
Com o Writely, é possível exportar os ficheiros para o formato MS Word, OpenDocument, PDF, entre outros. É possível várias pessoas trabalharem no mesmo documento e compararem alterações feitas no documento ao longo do tempo e pelos diversos utilizadores.
Mas a grande vantagem é o facto de não ser necessário instalar software no computador no qual se trabalha, e não ser preciso gravar cópias visto que o documento está, em cada momento, guardado no servidor. Quer continuar em casa o relatório que começou a escrever na escola ou no trabalho? Fácil, escreva no Writely e, quando chegar a casa, continue a escrever no ponto em que ficou.
Então e "crashes" no browser? Nada de preocupante visto que o Writely vai gravando periodicamente o que vai escrevendo para que não perca nada do trabalho.

Para quem não precisar de todas as mariquices do Word, ou para quem não se quer dar ao trabalho de instalar um processador de texto, esta é uma forma cómoda de se escreverem documentos de baixa ou média complexidade.

Após a Google ter adequirido o Writely e de ter criado o Google Spreadsheat, só lhe falta um programa online equivalente ao MS PowerPoint para ter um conjunto de ferramantas para rivalizarem com o MS Office. Quem sabe se essa ferramenta não será a próxima a ser divulgada.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Brincar com o Google SketchUp

Decidi hoje instalar o Google SketchUp, como forma de fazer uma pequena pausa no estudo de Information Retrieval ao qual me tenho submetido.

O Google SketchUp é uma ferramenta de modelação 3D que, tal como o nome indica, é usada essencialmente para coisas rápidas, rascunhos (em inglês "sketch" significa, de facto, rascunho).
Nada de interfaces complexos, com muitos butões, textos e fórmulas estranhas que possam assutar quem não vive no mundo do design.
Este ferramenta pretende ser simples, uma ferramenta para o comum dos mortais, ou quase, e pretende que seja possível chegar-se rapidamente a resultados.
Após os primeiros minutos para ambientar, lá comecei a desenhar retângulos, puxar faces, re-orientar arestas, e, em 5-10 minutos, já tinha um protótipo grosseiro, e com medidas feitas a olhómetro, da minha casa.
É essencialmente este o conceito do SketchUp, de formas geométricas planas, criar volumes e ir gradualmente aumentando a complexidade do nosso modelo.

Tenho noção de que aflorei muito superficialmente as potencialidades da ferramenta, nem sequer me dei ao trabalho de experimentar e alterar texturas para os sólidos amorfes criados por mim, mas para um primeiro contacto, a experiência é muito interessante.
É possível que, uma pessoa sem grande experiência em design consiga produzir "obras" com alguma dignidade.

Como ultima nota, fiquem sabendo que é possível com esta ferramenta desenhar edifícios e posteriormente vê-los manifestarem-se em todo o seu esplendor no Google Earth. Alguma vez pensou em como é que seria a sua casa se a visse em 3D no Google Earth? Agora é só uma questão de "puxar" volumes.
Se quiser ver o que pessoas de todo o mundo já fizeram com esta ferramenta, e submeter as suas obras, pesquise em 3D Warhouse.

terça-feira, setembro 19, 2006

Dr.'s e Engenheiros

Hoje escrevi o meu primeiro post no blog Dr.'s e Engenheiros, um post intitulado Receita de uma pós-licienciatura que explica, um pouco por entrelinhas, no que vai consistir o meu próximo ano.

O blog Dr.'s e Engenheiros é um blog, tal como o sub-título indica, dedicado ao relato d' "As aventuras e desventuras de um conjunto de informáticos após a conclusão do curso". Este blog criado por colegas meus, recebe a contribuição de um grupo maior de colegas. E como qualquer um pode lá escrever as irracionalidades que lhe apetecer, cá estou eu a aproveitar essa dádiva e a manter essa ligação com pessoas com quem percorri durante 4 anos os mesmo corredores da FCUL, com quem me sentei nas mesmas salas, com quem passei noitadas a programar, e de quem fui ajudado e ajudei.
Por isso, não deixem de espreitar que pelo menos algo de cómico há de lá surgir.

(Para os mais desatentos, o link para este blog foi recentemente adicionado na secção: Blogismos)

domingo, setembro 17, 2006

A incompetência tecnológica do jornal "Metro"

Já se tornou um ritual para muita gente, de manhã, o gesto de ir buscar um jornal "Metro" à saída do metro, do comboio, etc.
Para os mais desatentos, o jornal "Metro" é um dos 2 jornais grátis com mais leitores (o outro sendo o jornal "Destak"), e sendo grátis e distribuído em locais estratégicos torna-se evidente que as pessoas o procurem para se entreterem durante os "tempos mortos" nos transportes.

Ora se não podemos estar à espera da mesma qualidade de notícias como num jornal Público ou Diário de Notícias, a verdade é que, para uma pessoa interessada em tecnologias ,e com uma licienciatura recente em informática, as notícias sobre tecnologias nesse jornal são uma autêntica barbaridade. Incompletas, parciais, imprecisas. Enfim, o normal na maioria do jornalismo nacional sobre tecnologia.
A culpa não é directamente do jornal, visto que esta secção está a cargo de uma equipa de supostos profissionais na área, a equipa do Máquina de Escrever.
Ora aqui fica uma breve apresentação, que até seria capaz de convencer os mais incrédulos:

"A Máquina de Escrever é composta por jornalistas especializados nas áreas dos videojogos, tecnologias e entretenimento. Formamos uma equipa redactorial experiente que tem sido responsável durante vários anos pela produção de conteúdos de referência no sector. Ao longo do nosso percurso profissional, adquirimos a capacidade e a sensibilidade necessárias para adequar os temas da nossa especialidade aos mais variados tipos de públicos."

Dito isso, e depois de tanto retalhar a casaca sem aparente fundamento, vou justificar o motivo de todos os meus protestos.
A notícia que me levou a escrever este protesto foi a notícia de segunda feira com o título "Podcasting, a última moda". Ora começa mesmo bem, onde é que eles andaram a hibernar? Desde quando podcasting é a ultima moda? Os podcasts já ultrapassaram a época de serem moda, actualmente já fazem parte do modo de vida digital de muita gente, mas já explico essa parte num instante.
Eles até começaram a explicar bem, que os podcasts são ficheiros de música (tipicamente em mp3) que são distribuídos pela internet e que muitas vezes estão preparados como se fossem rádios online, só que, ao contrário dessas, descarregamos a emissão para o computador. Continuam, falando de alguns sítios no qual podemos encontrar e subscrever a podcasts, contudo esqueceram-se de um dos mais importantes, o iTunes.
A partir deste momento, o rigor relativo da notícia desaparece.
"Alguns leitores digitais multimédia começam também a incorporar funcionalidades que permitem aceder ao podcasting"
esta frase da a entender que só recentemente é que os leitores de mp3 é que têm vindo a suportar os podcasts, mas reparem bem no nome, Pod + Cast, ou seja, iPod + Broadcast (que inglês significa emissão/difusão, e.g. rádios). O podcasting surgiu com o iPod, o qual não se pode dissociar de esses famosos leitores de mp3. Se outros só agora começam a suportar já é outra história, mas visto que este fenómenos nasceu com o leitor de mp3 mais famoso do mundo, o iPod, esta afirmação é no mínimo, imprecisa.
Uma pessoa poderá eventualmente amenizar as coisas dizendo, "enfim, pode ter nascido com o iPod, mas sendo algo recente, pode ser normal o engano".
Ora aqui surge outro erro crasso da parte deles. Afirmam que,
"A Apple lançou recentemente uma actualização grátis para o programa iTunes..."
mas se por recente considerarem o outono de há 2 anos atrás, então sim é recente.
O suporte para Podcast em iTunes apareceu com a versão 4.9 do programa. Na semana passada, foi lançada a versão 7.0. Mais, o podcasting já existia antes do seu suporte no iTunes, através do uso de outros programas, mas foi só com a sua inclusão no iTunes que o seu uso se generalizou. Nesse momento é que surgiu a febre, não agora. Eu, em particular, já ouço podcasts há 2 anos, e se bem que em Portugal as coisas demoram a chegar, o podcasting já é usado com alguma extensão há já algum tempo.

É triste ver que pessoas que se consideram profissionais, e que são pagas, descrevam notícias tão falaciosas. Não sei se eles têm a noção das mentiras que escrevem ou será pura incompetência, mas só apetece dizer: "Man, acorda para a vida! Nem os ursos hibernam 2 anos!".

Preparem-se para mais posts do género porque este não foi a primeira vez que encontrei notícias deles imparciais, incompletas ou imprecisas, e garanto-vos que se irão repetir! "Stay iTuned"...

sexta-feira, setembro 15, 2006

Problemas com IE

Julgo que final entendi o motivo dos problemas de visualização do blog no Internet Explorer, e que impossibilitava a leitura das notícias.

O pequeno script de Last.FM que usava para apresentar as músicas de que ia ouvindo, varia de tamanho consoante o tamanho dos títulos e dos autores das músicas.
Ora, contrariamente a todos os outros browsers em que experimentei (Firefox, Camino, Safari, Opera, Shiira), só o Internet Explorer se engasgava com essa variação de tamanho. Mais uma prova da qualidade desse browser.

De qualquer forma, o problema já está resolvido e o blog já deve aparecer como deve de ser em Internet Explorer. Mas aproveito para recomendar, se usam Internet Explorer, não vale a pena, a sério, usem algo mais completo, com mais funcionalidades e com mais qualidade na apresentação de página, algo para homens, ou algo sexy (para as senhoras), seja Firefox, Opera, Sea Monkey ou outro.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Descontos "incríveis" na Amazon

Ontem, passeando pela Amazon, como raramente faço, à procura de livros que pudessem ser úteis para as minhas ocupações de informático, cruzei-me com um desconto verdadeiramente incrível.
A Amazon estava a vender o livro "Open Source Messaging Application Development: Building and Extending Gaim (Expert's Voice in Open Source" ao preço de $39,98 mostrando o anterior preço que era de $39,99, ou seja, 1 cêntimo de desconto.
Com um desconto desses, julgo que vou aproveitar esta oportunidade única e comprar o livro.
Se não acreditam, ora vejam (e cliquem) o screenshot que tirei:




Falando com um pouco mais de seriedade, é evidente que este desconto é absurdo do princípio ao fim e levanta a questão de: como é que os descontos são de facto processados dentro da Amazon e, quantos mais descontos deste género é q existem.

sábado, setembro 09, 2006

As intermitências da morte

Acabei hoje de ler o meu primeiro livro de Nobel, José Saramago, "as intermitências da morte".
Após vários alertas sobre o facto da escrita de Saramago ser confusa, sobre a anarquia na pontuação, o meu veredicto é, esses factores não são grandes entraves à leitura, direi mesmo, que não me perturbaram, para além do choque inicial. Considero mesmo a sua escrita deveras interessante, a sua associação de palavras, significados, termos, expressões.
Talvez tenha lido um livro mais fácil de ler, e de entender, do que é normal nele, ou simplesmente possuo uma mente tão confusa que é propensa à leitura de coisas confusas. Não o sei bem, terei que averiguar isso lendo outro livro do mesmo autor...

Quanto ao livro em si, tal como o título dá a entender, este baseia-se na morte, e na ausência desta. Numa primeira fase, o livro conta a história de um país longínquo, onde, a partir do primeiro dia e primeiro segundo do ano, se deixa de morrer. O autor lança-se então numa narrativa da reacção das pessoas a esse fenómeno e explora, à exaustão, as consequências sociais, económicas, religiosas, entre demais, de já não se morrer.
Numa segunda fase, e passados meses, nesse país longínquo, as pessoas voltam a morrer como sempre o fizeram desde o princípio dos tempos com a diferença de que as pessoas passam a receber um pré-aviso de falecimento para resolver assuntos pendentes, avisos esses escritos e assinados pela morte em si, a que está envolta em trapos e de gadanha na mão.
A ultima fase da narrativa centra-se sobre a morte, entidade, descrevendo a sua tarefa enfadonha e rotineira de matar, apresentando-a com um olhar mais humano do que costumamos associar à morte quando pensamos nela.

Claro que o livro contem muito mais detalhes, mais histórias, do que está aqui reduzidamente descrito, mas julgo que isto possa ser suficiente para aguçar o apetite.
Como tal, recomendo este livro a quem esteja na disposição de reflectir um pouco sobre a consequência da vida e, consequentemente, da morte, e de reflectir sobre a forma como a sociedade reage às mudanças, às adversidades. Ou simplesmente, recomando-o a todos os que gostam de ler, visto que não se pode propriamente dizer que ler não seja saudável.

Agora a única dúvida que persiste é, o que irei eu ler a seguir...

sexta-feira, setembro 08, 2006

Como remover logos de telemóveis?

O mundo actual está cheio de cartazes, panfletos, cores, formas, nomes, logos. É um mundo onde a poluição impera, a poluição das marcas, a invasão das publicidades. O tão amado (e odiado) MSN Messenger dedica, actualmente, mais espaço à publicidade do que propriamente às funções que a aplicação é suposto desempenhar; hoje em dia, começam a surgir jogos que, em pleno jogo, apresentam publicidades a marcas, que podem até nem terem lógica no contexto do jogo. Lembro-me de um caso flagrante em que, num jogo medieval, surgiam publicidades à PSP da Sony.
Já no acto de comprar um computador, o acto repete-se. Actualmente os computadores vêm mais cobertos de autocolantes do que os cadernos das "pitas". Ele é o Intel Inside, o Optimizado para Windows XP (mesmo se Linux funciona melhor nele), ATI ou Nvidia powered, autocolante que certifica o respeito pelas normas no consumo energético, autocolante para indicar que o computador é de facto um computador e mais uma série de autocolante que, se não são absurdos, são de utilidade totalmente duvidosa, um atentado ao mau gosto.

No caso dos telemóveis, PDAs ou outros, é não menos frequente estar estampada informação relativa à operadora à qual estes dispositivos estão vinculados.
Venho aqui apresentar uma forma de remover esses logos extras ou simplesmente remover os logos de que não se gosta sem que no processo, se risque o aparelho.

O truque consiste em:
  1. Proteger a zona envolvente com fita adesiva

  2. Esfregar com torrões de açucar a zona do logo, de preferência com os cantos pois permitem maior controlo.

  3. Limpar com um pano todos os vestígios de açucar que existam

Devem estar a perguntar: "Mas porquê açucar?". Aparentemente, a consistência do açucar permite raspar a tinta dos logos mas não tem rigidez suficiente para riscar a superfície do dispositivo.

Esta é uma versão resumida do procedimento que está em inglês, e que contem o procedimento detalhado acompanhado das respectivas fotos e de um vídeo exemplificativo de como se deve esfregar o açucar.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Pesquisar na web VI-style

Hoje em dia, grande parte da vida online centra-se à volta da pesquisa. Uma pesquisa no Google aqui, uma pesquisa no Google ali.

Para minha felicidade, tropecei num motor de busca extremamente baseado no VI, o visearch (duh!). Para os desconhecedores, o VI é um excelente editor de texto que funciona na linha de comandos e que leva o uso do teclado ao nível supremo, editar vários ficheiros, copiar, colar, alterar com expressões regulares são só algumas das coisas que este editor permite fazer sem nunca se largar o teclado e sem serem necessários malabarismos de atalhos; faz tudo o que o seu editor de texto faz, e mais um par de botas (mas isto é conversar para outra altura).

Este motor de busca, que foi criado inicialmente como brincadeira, pretende permitir que se pesquise e que se navegue pelos resultados usando somente o teclado. Para os utilizadores de VI, a boa notícia é que eles usam os mesmos comandos para a navegação dos resultados.
Como extra, é possível apagar os resultados que não nos interessam (comando 'dd'), inserir comentários (comando 'i'), gravar os resultados das pesquisas (comando ':w'), etc, sempre VI-style.

Para os mais cépticos, qual é o interesse de se ter um motor de busca que dê para ser controlado totalmente a partir do teclado?
Primeiro: escolha! Uma pessoa não tem que ser forçada a usar o teclado para navegar só porque a maioria o faz.
Segundo e mais importante: porque o uso do teclado, em mãos experientes, é infinitamente superior ao uso do rato. É como que comparar a condução com mudanças automáticas ou manuais. As mudanças automáticas são mais cómodas e confortáveis, não exigem tanto esforço da parte do condutor. Já as mudanças manuais permitem tirar melhor partido do carro, maior controlo e maior desempenho.
E convém dizer, tem mais estilo conduzir com mudanças manuais/usar só o teclado ;)

segunda-feira, setembro 04, 2006

Hackeando a vida real

Se no mundo virtual é frequente falar-se de "hack" no seu sentido negativo (no de explorar vulnerabilidades inerentes a sistemas), não é menos verdade que os objectos do mundo real também podem ser alvos de "hack"s, ser portadores de vulnerabilidades, e que essas podem ser contornadas de forma mais ou menos fácil.
A vida real não é tão diferente do mundo virtual! (ou será o contrário ?)

Para os tão seguros cadeados, tenho aqui um filme de como se consegue "hackeá-lo" em cerca de 10 segundos.


Mas como a nossa vida não gira só à volta de cadeados, vou aqui deixar um link para uma página que explica como se pode "hackear" uma máquina fotocopiadora com um simples clip, daquelas máquinas pagas que se encontram em bibliotecas e que nos perturbam porque, ou o preço por cópia é exorbitante, ou porque não temos dinheiro à mão.

Mas não se esqueçam que não vos estou a dizer para "hackear" o mundo, somente que o podem fazer! Não é uma bela coisa, o poder do conhecimento?

E se a Paris Hilton tivesse o seu Linux?

No outro dia, navegando por entre correntes da internet, cruzei-me com um artigo que, à primeira vista, me surpreendeu substancialmente. A Paris Hilton iria criar a sua própria distribuição de Linux, ainda por cima batisada com o nome do seu cachorito (isto é, se se puder chamar de cão a "aquilo"): Tinkerbell Linux.

Analisando o artigo com mais cuidado, reparei que consistia numa sátira bem desenhada, com alguns trocadilhos a darem a entender o que é que ela é de facto vista pelas pessoas, ou seja, uma p... *pi*

Contudo, depois de actriz(pornográfica e não só), cantora e mais uma dúzia da profissões, vai-se lá saber o que estas celebridades vão inventar a seguir.

sábado, setembro 02, 2006

Google Image Labeler

Como faria se quisesses pôr um bando de macacos a fazer alguma tarefa dantesca e repetitiva em seu favor?
Pagaria somas miseráveis a essa força de trabalho? Nada original, já é o que a China, a Indonésia e outros fazem...
Arranjaria uma forma divertida de fazer esse trabalho, ainda por cima de uma forma grátis? Esta forma foi a que a Google arranjou para proceder à etiquetagem da quantidade abismal de fotos que possuem, como forma de melhorar a precisão e relevância dos seus sistemas de pesquisa: o Google Image Labeler.

O sistema está desenvolvido no sentido de proporcionar divertimento, sob a forma de um jogo, ao mesmo tempo que evita os problemas que surgem quando se delega tarefas aos utilizadores: SPAM.
O sistema tem a responsabilidade de formar uma equipa de 2 pessoas que durante cerca de 1m 30s vão tentar associar palavras a uma imagem que lhes é apresentada. Só quando surgir consenso numa das palavras, é que é apresentada a imagem seguinte.
O aspecto empolgante nasce no facto de tentaremos etiquetar o maior número possível de imagens formando equipa com alguém que não conhecemos e analisando imagens com conteúdos que não sempre são óbvios.
Concluída a prova, é-nos apresentado o nome do nosso companheiro, o resultado que conseguimos obter com ele e o valor total de pontos que obtivemos.
Até agora, do pouco que experimentei, o máximo que obtive numa ronda foram 700 pontos. Mas com mais alguma genica mental e um bom companheiro, esse valor poderá provavelmente subir.

No que diz respeito à prevenção anti-spam, este sistema aparenta ser bastante eficiente visto que nunca é possível saber-se com quem iremos formar equipa e, para que o processo de spamming funcionasse efectivamente, seria necessário que ambos estivessem efectivamente a escrever as mesmas coisa. Ora, não me parece que, algum humano que esteja interessado em etiquetar uma imagem para obter uma boa pontuação vá começar a sugerir coisas como viagra, xanax ou sexo quando tem à sua frente a imagem de um pássaro.

Se por um lado esta é uma maneira fácil e barata por parte da Google para etiquetar, com a eficiência das massas, milhares de imagens, podendo não menos parecer que se estão a aproveitar das pessoas, é não menos verdade que este jogo, para além do divertimento, irá contribuir para melhor a qualidade dos resultados das pesquisas de imagem.

Concluindo, parece que existem 2 formas de pôr o ser humano a trabalhar... Através da cobiça ou do prazer. Tudo o resto está envolto num manto de diletantismo. Seremos nós feitos para ser inertes?

"And now, back to civilization. All the brightness."

Já lá vão alguns dias desde o meu regresso da santa terrinha e, como já é habitual, traz-se sempre alguma coisinha da terrinha. Umas batatinhas, umas cebolas, umas amêndoas, umas abóboras, uns presuntos et cetera... Mas este ano foi especial. Fora todos os produtos hortículos (e afins) trazidos do meio rural para a cidade, regressei com uma amigdalite bem entranhada.

Com esses germes alojados na garganta, tem sido um divertimento louco. Pouco falo, o que alegra muita gente pois vêm-se livres de ouvirem muitas teorias minhas. Mal como, algo que tem ajudado a controlar o orçamento dedicado à alimentação. Ando a saborear um cocktail de antibiótico e anti-inflamatório, algo que alegra os farmacêuticos ao verem-me consumir "deliciosos" refrescos preparados por eles. Passo entre mais 300% e mais 400% do tempo na cama, algo que faz com que a minha cama se sinta novamente amada.
Enfim muita felicidade jorra pelo facto de eu estar a lutar uma luta desigual com seres que nem consigo ver...

Mas desenganem-se, esta convalescença não será eterna, e num piscar de olhos estarei de volta para vos perturbar a todos. Contudo, o relato detalhado das minhas férias no norte será adiado até lá. Em compensação, não faltarão fotos.